15 set, 2020
Depois de tantas polémicas, vertidas em debates quase sempre inúteis, chega hoje o dia da verdade, com o início das competições a sério, tanto a nível internacional como nacional.
Logo à noite, em Salónica, na Grécia, o Sport Lisboa e Benfica dá o pontapé de saída, disputando ali com o PAOK a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões Europeus.
E aí começa a jogar-se a sorte de uma temporada que tanto pode traduzir-se num novo paraíso encarnado, como no inferno mais abrasador para um clube cheio de pretensões.
Sem a equipa maravilha que lhe foi prometida no regresso a Lisboa e ao Benfica, o treinador Jorge de Jesus começa hoje a jogar a sorte das varas.
Há entanto que dizer que os jogadores de que dispõe parecem ter qualidade suficiente para saír de território helénico cantando vitória e olhar, sem tergiversar, o futuro imediato onde o esperam outras dificuldades.
É que depois disto arrancará o campeonato da primeira Liga.
E, logo a abrir, espera o Benfica outra prova de fogo deslocando-se a Famalicão para ali defrontar aquela que foi justamente considerada, na época passada, a equipa sensação, por via dos bons resultados alcançados e pelas excelentes exibições produzidas.
Poder-se-ão tirar então conclusões sobre o que poderá valer este novo Benfica?
A resposta é fácil e não merece hesitações: não! Será precipitado e demasiado cedo para ousar tal, embora seja possível recolher algumas indicações.
Quanto ao resto, a temporada arranca repleta de interrogações.
Os tempos que vivemos, com a atrofia das nossas vidas, provocada por uma pandemia que tem dizimado as sociedades, dizem-nos que também no futebol não há certezas.
Ou seja, o futebol arranca a sério, mas nada garante que não possa voltar a recolher à caserna e marcar passo durante algum tempo.
Porém, no meio de tudo isto, fica uma certeza: as palavras, o debate estéril, a discussão inócua perdem dimensão, cedendo lugar àquilo que realmente interessa: o futebol que se joga dentro das quatro linhas.