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Portugueses estão a sustentar a atividade turística do país

15 set, 2020 - 13:38 • Redação com Lusa

Em julho, o INE contabilizou um milhão de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas no setor do alojamento turístico - muito abaixo do ano passado, sim, mas menos grave do que no mês anterior.

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Os portugueses estão a sustentar a atividade turistica do país. É o que mostram os números divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em julho, o INE contabilizou um milhão de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas no setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) - muito abaixo do ano passado, sim, mas já menos grave do que em junho.

Em dormidas, a queda homóloga foi de 68%, quando em Junho foi de 85,5%.

Nos portugueses, as dormidas caíram 30,8% face ao mesmo mês de 2019, quando tinham caído 59% em Junho.

Os estrangeiros já dormiram mais na hotelaria do que em junho mas as quebras continuam acentuadas. 84% em Julho, comparando com 97% em Junho.

Os dados do INE apontam que, em julho, 27,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (48,1% em julho de 2020).

Os proveitos totais do setor diminuíram 70,5% (-88,6% em junho) face a julho de 2019, fixando-se em 157,9 milhões de euros.

Já os proveitos de aposento atingiram 123,7 milhões de euros, diminuindo 70,5% (-88,2% no mês anterior).

Em julho, as dormidas na hotelaria (75,9% do total) diminuíram 70,4%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,0% do total) decresceram 65,5% e no turismo rural e de habitação (quota de 8,1%) recuaram 22,7%.

As dormidas em ‘hostels’ registaram uma diminuição de 73,2%, representando 17,3% das dormidas em alojamento local e 2,8% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

No conjunto dos primeiros sete meses do ano, as dormidas totais recuaram 66,4%, devido a variações negativas de 48,1% nos residentes e de 73,9% nos não residentes.

De acordo com o INE, a totalidade dos 16 principais mercados emissores de turistas para Portugal registaram decréscimos superiores a 65% em julho, com as maiores quedas a registarem-se nos mercados canadiano, chinês (ambos com -96,0%), norte-americano (-95,6%) e dinamarquês (-94,5%), enquanto os mercados suíço (-67,6%), belga (-71,9%) e espanhol (-72,1%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos.

Desde o início do ano, todos os principais mercados recuaram, com destaque para os mercados irlandês (-88,0%), norte-americano (-81,3%) e britânico (-78,4%).

No mês em análise, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, tendo as menores diminuições ocorrido no Alentejo (-26,2%) e Centro (-49,6%) e as maiores reduções acontecido na Madeira (-86,9%), nos Açores (-84,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (-82,5%).

O Algarve concentrou 39,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,8%) e o Centro (14,9%).

No conjunto dos primeiros sete meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições foram o Alentejo (-46,2%), Centro (-58,9%) e Norte (-61,5%).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 25,9 euros em julho, o que corresponde a um decréscimo de 63,0% (-78,8% em junho).

Quanto à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites), reduziu-se 11,3% (-17,6% em junho), sendo que a estada média dos residentes aumentou 1,6% e a dos não residentes diminuiu 6,6%.

Em julho, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico foi de 24,2%, menos 35,7 pontos percentuais do que no mesmo mês do ano passado (-40,7 pontos percentuais em junho).

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