Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Covid-19. Mais de 51% das novas infeções ocorreram em pessoas entre 20 e 49 anos

14 set, 2020 - 16:44 • Lusa

Dos 613 novos casos registados esta segunda-feira, apenas 10% têm idade superior a 70 anos, o grupo etário onde é maior o risco de complicações decorrentes da Covid-19.

A+ / A-

Veja também:


Mais de 51% das novas infeções de covid-19 ocorreram em pessoas com idades entre os 20 e os 49 anos, números que obrigam “a uma reflexão coletiva” sobre os comportamentos individuais, defendeu hoje o secretário de Estado da Saúde.

“Estamos numa nova fase da pandemia, dos 613 novos casos de hoje, apenas 10% têm idade superior a 70 anos, o grupo etário onde é maior o risco de complicações decorrentes da covid-19”, adiantou António Lacerda Sales na conferência regular sobre a infeção por SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a doença covid-19.

O governante salientou que “mais de 51% das novas infeções” foram observadas em pessoas entre os 20 e os 49 anos, o que, se por um lado, “se trata de uma boa notícia”, porque mostra que se tem “conseguido preservar a saúde dos mais vulneráveis”, por outro lado, obriga “a uma reflexão coletiva sobre os nossos comportamentos individuais”.

“Numa altura em que a mobilidade da generalidade dos cidadãos aumenta, com o regresso de férias e, sobretudo, com o arranque do ano letivo, hoje e durante a semana por todo o país, é importante que todos continuemos conscientes do nosso papel na limitação da propagação do vírus”, defendeu Lacerda Sales.

Nesse sentido, sustentou, “não podemos vacilar neste caminho de contenção que é o único de que dispomos neste momento em que Portugal entrará de novo numa situação de contingência generalizada em todo o país”.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, acrescentou que o atual padrão epidemiológico em Portugal, em que os novos casos aparecem sobretudo em adultos jovens, relativamente saudáveis, “é de certa forma protetor em relação à mortalidade”.

“Há aqui este esforço de proteção dos mais vulneráveis”, que são as populações mais idosas e mais doentes, e “o atual padrão epidemiológico da distribuição dos novos casos não faz prever um aumento da mortalidade”, disse Graça Freitas.

Segundo a diretora-geral da Saúde, é um “padrão diferente” do que ocorreu na primeira fase da epidemia em que houve muitas pessoas com mais idade abrangidas e a letalidade foi superior.

Contudo, assegurou, as autoridades de saúde vão continuar muito atentas e a acompanhar os casos em termos de incidência, a sua gravidade em termos de internamento e internamento em unidades cuidados intensivos e a sua “gravidade máxima” que é expressa na letalidade e na mortalidade.

António Lacerda Sales defendeu, por seu turno, que a população tem “obrigação de na rua, no trabalho e em família tudo fazer para garantir” que o Serviço Nacional de Saúde, que comemora na terça-feira 41 anos “continue a ter a capacidade para dar resposta a esta doença, mas também a todas as outras”, vincou o governante.

Para isso, os serviços de saúde continuarão a ser reforçados, disse, lembrando que desde março já foram contratados mais de 4.700 profissionais de saúde para o combate à pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 925 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.871 em Portugal.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+