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Covid-19

“Braga Fecha a Porta ao Vírus” e prepara-se para uma segunda vaga da pandemia

11 set, 2020 - 15:34 • Olímpia Mairos

Hospital de Braga reforça capacidade de resposta em testes à Covid-19, profissionais de saúde e serviços.

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Chama-se “Braga Fecha a Porta ao Vírus” a campanha que junta o Hospital de Braga à Câmara Municipal de Braga, à Universidade do Minho e ao Agrupamento de Centros de Saúde do Cávado I - Braga, para evitar a propagação da Covid-19 no concelho.

O que se pretende é “chamar a atenção e alertar a população do concelho de Braga e concelhos adjacentes da necessidade da manutenção dos cuidados que temos que ter para evitarmos o vírus”, explica à Renascença o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, João Porfírio Oliveira.

Esses cuidados passam pela utilização de máscara facial, etiqueta respiratória, lavagem das mãos e o distanciamento. Atitudes que, no entender de João Porfírio Oliveira, permitiram, em tempo de confinamento, “baixar drasticamente o número de infeções” e que agora vão ser recordadas através das redes sociais e de outdoors distribuídos pela cidade.

“Há uma tendência de algum laxismo, de algum amortecimento destas medidas”, constata João Porfírio Oliveira, justificando a necessidade de “voltar a chamar a atenção das pessoas de que não podemos descurar”.

Alertas importantes num momento em que o país se prepara para o regresso à normalidade com a reabertura das escolas e com muitos portugueses a retomarem o trabalho e as suas atividades.

“O vírus não desapareceu, ele está entre nós. É preciso prevenir porque, com o avizinhar de uma situação do frio, da gripe que em conjunto com o vírus pode ser confundido, todos os cuidados vão ser poucos e todos os cuidados vão evitar que tenhamos problemas de maior e que não cheguemos efetivamente à segunda vaga”, alerta o responsável do hospital bracarense.

A preparar uma segunda vaga

O presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, hospital de referência para a Covid-19, garante, em declarações à Renascença, que aquela unidade hospitalar está “a preparar-se” para uma segunda vaga da doença. Desde logo criando “circuitos especiais para as infeções respiratórias e para a Covid-19”.

A capacidade para a realização de testes também “aumentou drasticamente”.

“Há dias tínhamos capacidade para 300 testes e neste momento temos capacidade para mil testes diariamente, além dos testes rápidos que são usados em determinada situação de urgência”, concretiza João Porfírio Oliveira.

Mas há mais. O Hospital de Braga, juntamente com o ACES do Cávado I, com a proteção civil e com a Câmara municipal está a preparar aquilo que são as soluções da retaguarda para situações de um maior afluxo e onde se prevê que o ACES participe “naquilo que é uma primeira linha de atendimento”.

O presidente do Conselho de Administração garante, ainda, que o Hospital de Braga está a ser dotado de mais profissionais de saúde e sublinha o “reforço da medicina intensiva, para dotá-la com camas necessárias e profissionais necessários para tratar os doentes”.

“O hospital, naquilo que são os concursos anuais, teve este ano 19 vagas para profissionais médicos, para recém-especialistas, para além disso estamos a tentar reforçar com mais nove médicos especialistas para os cuidados intensivos”, explica o responsável hospitalar.

Com vista a uma reposta mais eficaz, em termos de Covid-19, com melhores condições para receber os doentes, o hospital está também a realizar algumas obras no seu interior.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, essas obras contemplam a área das urgências e dos cuidados intensivos.

“Temos que criar algumas amenidades, no sentido de salas de espera, por exemplo, na urgência, que verificamos que não estamos a ter um atendimento ou uma sala de espera condigna, que possa receber as pessoas e elas possam estar no devido distanciamento social e, ainda assim, à espera dos seus familiares, mas também reforço daquilo que são as condições, com pressões negativas em quartos de isolamento”, adianta João Porfírio Oliveira.

O responsável hospitalar acrescenta que, apesar de ser um hospital recente, “com excelentes condições para ter com pressões negativas, em particular, não tinha”.

“E, portanto, estamos a laborar, e com toda a velocidade, para chegarmos até ao final do ano com os quartos com pressões negativas e para que os profissionais tenham toda a segurança no tratamento dos doentes”, conclui.

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