28 ago, 2020 - 10:30
O antigo presidente do Vitória de Setúbal Chumbita Nunes, candidato derrotado nas últimas eleições, discorda da forma como a direção presidida por Paulo Gomes está a reagir à descida ao terceiro escalão.
Chumbita Nunes, em entrevista a Bola Branca, diz ter dúvidas se o Vitória controlou o que podia controlar – numa referência implícita aos comprovativos de não dívida que a SAD não conseguiu entregar.
O antigo presidente sadino adverte os atuais dirigentes que não é afrontando a Liga de Clubes que o Vitória conseguirá resolver os seus problemas.
"Acho que a postura dos dirigentes do Vitória de afrontarem a Liga não me parece a mais adequada. Independentemente do que se passou, a Liga fundamentou de forma consistente a decisão que tomou de não aceitar a inscrição do Vitória, mas não conheço todo o dossier e é arriscado comentar mais. A direção do Vitória acha que fez o melhor que podia mas não sei se, o que havia a contornar, foi contornado", refere.
Cidade de Setúbal em polvorosa
Os factos são o que são. O Vitória de
Setúbal está condenado a iniciar a época no terceiro escalão do futebol
português e Chumbita Nunes constata o choque que se abateu sobre os adeptos
sadinos.
"A cidade de Setúbal está em polvorosa. O Vitória é um clube histórico e os adeptos não compreendem e recusam-se a aceitar esta decisão. Mas infelizmente é um facto, vamos ver o que acontecerá no futuro e se, um dia, será dada razão ao Vitória de Setúbal", considera.
Preocupação pelo futuro
Nesta entrevista a Bola Branca, Chumbita Nunes olha para o passivo do Vitória e confessa temer pelo futuro do clube.
"Estou desolado, consternado e não sei como se vão alterar as coisas. O Vitória tem um passivo de cerca de 15 milhões de euros. Não sei o que vai acontecer à SAD, porque uma coisa é estar na I Liga e outra é estar no terceiro escalão. Se a SAD ficar insolvente vamos ver o que acontece ao clube. Sinceramente, temo pelo futuro do Vitória", concluiu.