23 fev, 2017 - 16:24
Jackson Follman, guarda-redes que sobreviveu à tragédia aérea da Chapecoense, sonha em competir na maior competição mundial de desporto adaptado, os Jogos Paralímpicos.
O acidente de aviação em que estava presente a equipa brasileira colocou um ponto final na carreira do guarda-redes, mas não nos sonhos do jovem de 24 anos.
"Serei sempre um desportista. Serei sempre guardião da Chapecoense. Um dia penso participar nos Jogos Paralímpicos", contou o antigo jogador, a quem tiveram de amputar uma parte da perna direita.
O jovem recebeu, há três semanas, a prótese da perna direita. No entanto, Jackson continua a recuperar de uma mazela no pé esquerdo, que necessitou de um enxerto. “O meu corpo tem respondido muito bem”, disse o ex-guarda-redes à agência espanhola EFE.
O médico que acompanha o processo de recuperação de Follman elogiou a sua recuperação. “Ele começou a caminhar duas semanas após o acidente, quando o normal é cerca de quatro”, realçou José André Carvalho.
O antigo atleta da Chapecoense recordou as memórias em equipa e realçou o quanto está agradecido por ter sobrevivido. "Às vezes vem-me à cabeça a imagem do pessoal a cantar 'Vamos, Chape!' [...] Foi um milagre! Deus pegou-nos nos seus braços e deu-nos uma segunda chance", afirmou.
Jackson Follman foi um dos três sobreviventes da tragédia do avião onde seguia a equipa do Chapecoense, a 28 de Novembro do ano passado, na Colômbia. Morreram 71 passageiros, a maioria jogadores do clube brasileiro.