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Entre Marvão e Valência de Alcântara. Está de regresso o festival de cinema “Periferias”

06 ago, 2020 - 15:33 • Rosário Silva

O filme “O que arde”, do realizador galego Oliver Laxe, abre, nesta quinta-feira, a edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valência de Alcântara. Uma sessão drive-in e sessões online, são novidades nesta edição.

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Arranca, nesta quinta-feira, para se prolongar até dia 11 de agosto, o Periferias - VIII Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valência de Alcântara, com a apresentação de duas dezenas de peliculas.

A abertura está agendada para esta noite, em Santo António das Areias (Marvão), no Quartel de Bombeiros, com o filme “O que arde”, de Oliver Laxe, estando previstas para esta oitava edição várias novidades, nomeadamente uma sessão drive-in, em Carbajo, Espanha, exta sexta-feira, dia 7, e propostas de cinema online.

Os palcos repartem-se entre Marvão e Valência de Alcântara. Do lado português, recebem o evento, Marvão, Santo António das Areias, Beirã, Ammaia, Olhos d’Água, também a Fronteira de Galegos e, do lado espanhol, Carbajo, Zarza La Mayor, Cedillo e Malpartida de Cáceres.

“Vamos ter menos dias e menos palcos, mas mantemos a nossa proposta de apresentar cinema de qualidade e o nosso compromisso com as populações da raia”, dizem, no seu site na internet, a Associação Cultural Periferias, em Portugal, e a Gato Pardo, em Espanha, ambas responsáveis pela organização do evento.

“É um formato algo diferente do habitual,”, adianta em resultado “da delicada situação de saúde pública que se vive nos dois países.”

Apesar das circunstâncias os promotores prepararam um programa que apresenta trabalhos premiados, como o filme de abertura, de Oliver Laxe, “O que arde”, distinguido com o Prémio do Júri, no Festival de Cannes. Mas não é o único, já que pela tela de projeção vai passar, também, o filme, “Vitalina Varela” , no dia 9, em Marvão, do português Pedro Costa, aclamado no Festival de Locarno, onde conquistou o Leopardo de Ouro, assim como o Leopardo de Prata, para melhor atriz.

Quanto ao cinema ibérico, há outros filmes em destaque, nomeadamente as obras “Barzakh”, de Alejandro Salgado, “Ara Malikian, una vida entre las cuerdas”, de Nata Moreno, os documentários “Santuário”, de Álvaro Longoria, produzido e apresentado por Javier Bardem, “Desenterrando Sad Hill, de Guillermo de Oliveira, e “El Cuadro”, de Andrés Sanz, bem como a reunião de três curtas das jovens cineastas portuguesas Leonor Teles, Mariana Gaivão e Sofia Bost.

O cinema internacional marca, igualmente, presença neste festival como a pelicula “O Paraíso, Provavelmente”, do realizador palestiniano Elia Suleiman, ou Rafiki, da queniana Wanuri Kahiu, que terá estreia absoluta em Portugal.

O filme africano vai ser exibido, amanhã, segundo dia de festival, integrando um painel dedicado ao tema “sexualidade e género”, a par de um conjunto de curtas metragens chinesas, que chegam através dos festivais “Critica” e “ShangaiPride”. São filmes, contudo, disponibilizadas “on-line, através da plataforma Filmin”, revela a organização.

Para os mais cautelosos face ao contexto do momento delicado que se vive, os promotores garantem a implementação “de um plano de contingência, de forma a assegurar o cumprimento de todas as normas de segurança impostas pelas autoridades de saúde.”

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