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Leilão solar superou expectativas do Governo

05 ago, 2020 - 00:32 • Teresa Paula Costa

Segundo João Matos Fernandes, a procura foi 10 vezes superior à oferta.

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O Ministro do Ambiente revelou esta terça-feira que a procura do novo leilão solar marcado para o final deste mês superou todas as expectativas.

Discursando na Base Aérea nº 5 de Monte Real, onde inaugurou o Parque Solar Fotovoltaico, João Matos Fernandes disse que a procura foi 10 vezes superior à oferta e que, dos 10 lotes a concurso, nove são propostas com armazenamento.

O governante explicou que se fecharam na semana passada as candidaturas ao novo leilão e que “tivemos 35 propostas para a dezena de lugares que foram a concurso, ou seja, a procura é 10 vezes superior à oferta”, adiantando ainda que “este leilão tem uma condição a mais, é que podem concorrer os que concorreram no passado também com produção de eletricidade a partir da energia solar com armazenamento.”

“Dos 10 lotes colocados a concurso, em nove temos propostas com armazenamento,” disse o Ministro, salientando que “esta é a política certa” para Portugal alcançar a sua meta de ser neutro em carbono.

O próximo leilão está marcado para 24 e 25 de agosto e “se há um ano atrás ultrapassámos as nossas expectativas relativamente ao preço, tudo concorre para que este ano tenhamos o mesmo sucesso.” Para que Portugal seja neutro em carbono, adiantou o Ministro, “temos de multiplicar a produção de eletricidade, a partir da energia solar”, pelo que elogiou a iniciativa da Base Aérea de Monte Real.

O Parque Solar Fotovoltaico da Base Aérea de Monte Real é composto por 540 painéis, num investimento de 240 mil euros implantados numa área de três mil m2 e permitirá à Base Aérea alcançar a neutralidade carbónica já no final deste ano.

Para o Ministro da Defesa Nacional “estamos perante uma demonstração de excelência daquilo que é feito nas Forças Armadas para contribuir para a caminhada de Portugal no sentido da neutralidade carbónica em 2050”. Objetivo para o qual Gomes Cravinho espera que “as FA em conjunto representem um contributo grande”.

Para Portugal ser neutro em carbono em 2050, o país tem de duplicar a capacidade de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis. Neste momento, 57% da eletricidade consumida tem origem em fontes renováveis e, “até 2030, terá de ser na ordem dos 80%, para que, em 2050, se atinja os 100%”, rematou José Matos Fernandes.

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