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Abandono escolar precoce cai e aproxima-se da meta da União Europeia

05 fev, 2020 - 13:00 • Marta Grosso com Lusa

Números do INE “mostram como o país tem tido uma evolução notável naquele que é considerado pela Comissão Europeia como um dos principais indicadores da performance dos sistemas educativos”, reage o Governo.

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A taxa de abandono escolar voltou a descer no ano passado em Portugal. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta quarta-feira, a taxa do abandono precoce de educação e formação caiu para os 10,6%.

O valor diz respeito ao país inteiro e é o mais baixo de sempre, aproximando-se da meta definida pela União Europeia para 2020, de 10% (máximo). Contando apenas com os alunos do continente, a taxa baixa para os 10,1%.

Há uns anos que o número de alunos a abandonar a escola antes do tempo tem vindo a diminuir. Em 2018, a taxa de abandono precoce foi de 11,8% e, em 2017, de 12,6%.

"Estes resultados mostram como o país tem tido uma evolução notável naquele que é considerado pela Comissão Europeia como um dos principais indicadores da performance dos sistemas educativos", sublinha o gabinete do ministro do Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Num comunicado enviado à Renascença, o Governo realça que "esta situação é ainda mais positiva considerando que coincide com um aumento muito considerável do emprego jovem, nos últimos anos, o que poderia constituir um estímulo para o não prosseguimento de estudos desta franja da população".

No início do século, lembra ainda o Ministério da Educação, Portugal registava valores próximos dos 50% de abandono escolar precoce, ou seja, o país estava cerca de 30% afastado da média europeia.

"Portugal tem conseguido contrariar essa tendência e melhorado os seus resultados. Deste modo, se ambas as tendências se mantiverem – com Portugal a reduzir a sua taxa de abandono (o que já é um facto, com os dados hoje conhecidos) e a média europeia permanecer estagnada – o país terá, pela primeira vez, um valor de abandono escolar precoce igual ou mais baixo do que a média da União Europeia", sublinha a tutela.

O Governo refere ainda que os resultados conhecidos nesta quarta-feira e a tendência de diminuição de abandono é o resultado do trabalho levado a cabo pelas escolas e de medidas como o programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, o Apoio Tutorial Específico, a aposta no Ensino Profissional e na Educação Inclusiva ou a Autonomia e Flexibilidade Curricular. A diminuição de alunos a abandonar a escola antes do tempo é uma tendência que já se vem verificando nos últimos anos: em 2018, a taxa de abandono precoce foi de 11,8% e no ano anterior tinha sido de 12,6%.

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