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"Não vale tudo". Amnistia Internacional critica desalojamentos forçados em Portugal

24 abr, 2024 - 07:26 • João Malheiro Redação

Pedro Neto descreve, ainda, a continuação de problemas nas prisões e na forma como os detidos são tratados. E aponta que as penas sucessivas fazem com que haja pessoas idosas ainda em estado de reclusão.

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Desalojamentos forçados, racismo, violência de género, violência policial e más condições nas prisões. São algumas das ameaças em Portugal aos Direitos Humanos.

O quadro é traçado no relatório anual da Amnistia Internacional sobre os Direitos Humanos no mundo, divulgado esta quarta-feira.

Sobre Portugal, a organização recorda dados que indicam que o número de famílias sem habitação adequada triplicou em relação a 2018. O diretor-executivo da organização em Portugal destaca os problemas identificados nos processos de demolição de barracas em vários locais do país.

"Em vários municípios do país continuam a haver desalojamentos que acontecem de uma forma conflituosa, o que prova que as políticas públicas e as boas práticas não estão a ser seguidas. Não vale tudo", lamenta o responsável.

Pedro Neto descreve, ainda, a continuação de problemas nas prisões e na forma como os detidos são tratados. E aponta que as penas sucessivas fazem com que haja pessoas idosas ainda em estado de reclusão.

Já a nível internacional, as pessoas continuam a ser tratadas como danos colaterais nos conflitos de guerra.

O diretor-executivo da Amnistia em Portugal explica que isto implica que "ninguém está a salvo, nenhum civil, nenhuma mulher, nenhuma criança, nenhum idoso, nem sequer os trabalhadores humanitários".

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  • Anastácio José Marti
    24 abr, 2024 Lisboa 09:30
    Terá sido para alguns, em nome de Portugal, terem estes vergonhosos procedimentos, que o país e a União Europeia subscreveram a Declaração Universal dos Direitos Humanos que nunca respeitaram, por não existir ninguém que os faça respeitar? Se em pleno século XXI, com problemas de saúde como a COVID, que se transmite com a maior facilidade quando existem aglomerações de seres humanos, o que dirão os sem abrigo e todos aqueles cujas reformas, pensões ou vencimentos, compõem o leque de pobres envergonhados do país, que os políticos não querem ver, muito menos fazerem o que há muito deveriam ter feito, para debelarem estas vergonhas nacionais, que são apenas e só a imagem de marca do que os políticos nunca souberam fazer, e que também estes, vêm permanentemente as suas vidas postas em riscos, por lhes ser imposta esta forma terceira mundista de estar no mundo, numa sociedade e num suposto Estado de Direito e Pessoa de Bem que Portugal nunca foi, não é nem nunca será enquanto estas e outras vergonhas nacionais existirem, por imposição dos políticos que nunca nada souberam, nem quiseram fazer até hoje, para debelarem tais vergonhas nacionais, as quais, são. apenas e só. a imagem de marca dos políticos que o país sempre fingiu ter.

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