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Aves foi a jogo e presidente do clube garante: "Hoje salvámos o futebol nacional de uma vergonha"

22 jul, 2020 - 01:54 • Redação

A SAD do Aves informou no domingo que não iria comparecer ao encontro frente ao Benfica devido à anulação da apólice de seguro de acidentes de trabalho. E foi a direção do clube a desbloquear a situação. “Se hoje não houvesse este jogo era uma destruição do clube. Sem a equipa técnica, o staff e os jogadores não conseguíamos estar aqui”, explicou o presidente do clube, António Freitas.

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O Desportivo das Aves perdeu com o Benfica em casa, foi mesmo goleado por 4-0, mas dezenas de adeptos avenses apoiaram o clube no exterior do estádio, antes, durante e após o final do jogo. Um jogo que esteve em vias de não se realizar.

O presidente do Desportivo das Aves, António Freitas, agradeceu aos adeptos pela sua “manifestação de ânimo” no final de “uma semana muito complicada” e prometeu continuar “a lutar”.

“Sou um homem de luta. Estou preparado para uma luta. Se hoje não houvesse este jogo era uma destruição do clube. Sem a equipa técnica, o staff e os jogadores não conseguíamos estar aqui. Hoje salvámos o futebol nacional de uma vergonha”, afirmou.

António garantiu que o Desportivo das Aves irá disputar a última jornada da I Liga diante do Portimonense. E depois? “Não sei qual é a estratégia da SAD. No fim vamos ver qual é a melhor estratégia. A equipa vai a Portimão, isso é uma garantia.”

Os futebolistas do Desportivo das Aves recusaram jogar, esta terça-feira, o primeiro minuto da receção ao Benfica. Logo após o apito inicial do árbitro António Nobre, o onze da formação orientada por Nuno Manta Santos manteve-se inamovível no terreno de jogo e os suplentes abraçados à equipa técnica na zona do banco de suplentes.

O presidente do clube descreveu a situação como “um minuto de solidariedade”. E explicou: “São profissionais que já não recebem há seis meses. Isto dói-me. Eu fui presidente, investi no clube e nunca [deixava de pagar]. Pagava sempre, nem que fosse um prémio pequenino à terça-feira”.

A SAD do Aves informou no domingo que não iria comparecer ao duelo com o Benfica devido à anulação da apólice de seguro de acidentes de trabalho, que a direção do clube desbloqueou no dia seguinte, tendo assegurado duas baterias de exames negativos à Covid-19 – obrigatórias ao abrigo do protocolo de reinício da I Liga em plena pandemia.

Os guarda-redes Quentin Beunardeau e Raphael Aflalo, o defesa Jonathan Buatu, os médios Aaron Tshibola, Estrela e Pedro Delgado e os avançados Kevin Yamga e Welinton Júnior entregaram cartas de rescisão à administração liderada pelo chinês Wei Zhao, sendo que venceu na segunda-feira o terceiro mês seguido de incumprimento salarial.

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  • Petervlg
    22 jul, 2020 Trofa 08:50
    os clubes criam as SAD, portante a culpa é dos clubes, colocam pessoas que nada entendem de gestão desportiva a frente das SAD, fazem as negociatas e quando não interessem deixam cair, como aconteceu no belenenses e a SAD que nem deveria estar a jugar futebol continua a pavonear-se na 1º divisão, enquanto o clube está a lutar para subir ao escalão máximo do futebol, o que fez a Liga? NADA, aceitou esta situação de um clube que até teve que mudar de nome, como se tivesse sido criado ontem e entrando na 1º liga hoje. É o que temos!

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