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Coronavírus

Rastreio de Covid-19 na Guarda. “Somos poucos e fazemos muitos testes”

18 jul, 2020 - 00:21 • Liliana Carona

No total a Unidade Local de Saúde da Guarda já detetou meio-milhar de casos positivos de Covid-19.

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Desde março, a Unidade Local de Saúde da Guarda já realizou 13.300 testes à Covid-19, tendo 507 sido positivos até ao momento. O balanço é feito pela diretora do laboratório de patologia clínica que assume que os sete técnicos são poucos para a media diária (no período mais calmo) de 120 testes e até porque há outras doenças e pesquisas de mutações para serem testadas.

“Passámos pela gripe em 2009, mas não foi nada disto”, começa por recordar Fátima Vale, que é a diretora, desde 2012, do Laboratório de Patologia Clínica da ULSG – a Unidade Local de Saúde da Guarda, a quem reporta diariamente o número de casos de Covid-19. O balanço de março até agora está feito. “Desde o início de março, quando fomos ativados como hospital de referência, já fizemos 13.300 testes à Covid-19 (507 positivos na totalidade) e os testes serológicos que avaliam a imunidade que começámos a realizar em maio fizemos 1020 testes.

Fátima Vale apressa-se a explicar conceitos: “a zaragatoa nasal e orofaringe servem para fazer a pesquisa do vírus e faz o diagnóstico da infeção. Os testes serológicos são testes para pesquisa de anticorpos e isso não é para diagnóstico da doença é para fazer uma avaliação da imunidade da pessoa. Seriam feitos depois de 14 ou 15 dias depois da infeção”, explica.

Com equipas de enfermagem da ULS da Guarda, ainda a fazer domicílios com vista a testar a Covid-19 através da zaragatoa nasal e orofaringe, Fátima Vale, Diretora do Laboratório de Patologia Clínica da ULS da Guarda, revela que no mês de julho, a media ronda os 120 testes diários, longe dos 300 do início de março, mas ainda assim muito trabalho para poucos profissionais. “Estamos com uma média de 100 a 120 testes por dia, neste momento um pouco mais calmo. No início fazíamos testes para a zona centro toda, quase 300 testes por dia” relembra, salientando que “no laboratório de biologia molecular e dedicado só a isto, 24 horas, há sete profissionais, que não são suficientes, são poucos, somos poucos na globalidade e continuamos a ser poucos, porque também temos de fazer isto e fazer diagnóstico de outras doenças, como a tuberculose, algumas pesquisas de mutações associadas a doenças. É uma verdadeira azáfama, somos poucos e fazemos muitos testes e com muita diferenciação”, ressalva.

Na ULS da Guarda a responsabilidade de fazer os testes à Covid-19 vai entrar numa nova fase, em que os centros de saúde farão os agendamentos, em regime de domicílio. “Continuam a acontecer os domicílios, uma equipa de enfermagem que quando necessário se desloca a casa do utente, mas neste momento estamos a passar essa responsabilidade para os centros de saúde que fazem agendamentos de testes, também em regime de domicílio”, explica Fátima Vale.

Ao longo destes últimos meses a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda colocou ainda em funcionamento dois centros de testes à Covid-19, que operaram na Associação Empresarial da Região da Guarda – NERGA e no quartel dos Bombeiros Voluntários da Guarda, em regime de “drive-through”, mas que já não se encontram em funcionamento. De momento, o regime de “drive-through” está em funcionamento no parque da Saúde da ULS da Guarda.

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