06 jul, 2020 - 14:35 • Redação
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Os resultados preliminares do inquérito serológico realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) serão divulgados “ainda este mês”, ao que tudo indica na segunda quinzena de julho.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária.
O inquérito quer dar, segundo Lacerda Sales, “respostas cruciais para a preparação da nossa resposta no futuro”. “Vai determinar a extensão da infeção na população geral residente em Portugal”, sublinhou.
Covid-19
Em resposta à Renascença, fonte da Direcção-Geral (...)
A recolha de dados terminou na última sexta-feira, e contou com 2100 os participantes de todo o país, e de todas as idades, segundo divulgou o presidente do INSA, Fernando Almeida, na mesma conferência de imprensa.
O objetivo para já é o de “perceber a proporção de casos de pessoas com um nível elevado de anticorpos”. Fernando Almeida disse também que haverá mais testes feitos à população “que irão mais longe”.
O mesmo responsável explicou que o estudo será repetido daqui a cinco meses e depois de três em três meses, tendo também em conta, a cada momento, a situação epidemiológica do país.
Fernando Almeida anunciou ainda mais três estudos que serão realizados para conhecer melhor o impacto desta doença em vários grupos da população. Um deles terá como objecto os profissionais de saúde, e o mesmo presidente do INSA acrescentou que a Organização Mundial da Saúde “tem interesse e está disponível para disponibilizar material”.
No início do encontro com os jornalistas, na nota introdutória, Lacerda Sales reiterou que este “foi longo caminho no combate à Covid-19 no nosso país”.
“Nunca negámos que Portugal, como a generalidade dos países, não estava preparado para uma epidemia desta escala e com estas características. Mais de seis meses depois do primeiro caso ainda há muito por descobrir. A nossa primeira prioridade foi proteger vidas, a grande preocupação foi a defesa com os mais vulneráveis”, disse o secretário de Estado da Saúde.
Neste momento, segundo o ministério da Saúde, há 73.867 profissionais de saúde com acesso à plataforma Trace COVID-19. Mais de 700 mil utentes estão inseridos na plataforma, estando mais de 16 mil utentes em vigilância clínica.