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Meyong reconhece que Vitória de Setúbal "está numa situação que não esperava há um mês"

03 jul, 2020 - 19:03 • Lusa

Maus resultados após retoma do campeonato colocam a equipa sadina na luta pela manutenção.

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O treinador interino do Vitória de Setúbal, Albert Meyong, acredita que a sua equipa tem condições para vencer sábado o Paços de Ferreira, em jogo da 30.ª jornada da I Liga de futebol, e inverter o ciclo negativo.

Após o anúncio feito quinta-feira da rescisão do clube com Julio Velázquez, o ex-adjunto do técnico espanhol, que já tinha estado à frente da equipa entre a nona e 11.ª jornada, assumiu o cargo com a convicção de que vai colocá-la no trilho dos triunfos.
“A equipa está bem e a sentir a necessidade de voltar a ganhar. Os jogadores estão preparados para podermos dar a volta à situação. Sabem que precisamos de ganhar e é isso que interessa. Vamos tentar voltar às vitórias já amanhã [sábado]”, vincou na conferência de imprensa.
Albert Meyong admite estar surpreendido pelo facto de o Vitória de Setúbal ter agora apenas três pontos de vantagem para os lugares de despromoção, quando antes da paragem devido à pandemia da Covid-19 dispunha de 12 pontos.
“Estamos numa situação que não esperávamos há um mês, mas o futebol é assim. Não vou mudar nada. São os mesmos jogadores que deram muitas alegrias aos adeptos aqui. Tivemos uma conversa e eles estão preparados e motivados, por isso acho que não preciso fazer grande coisa. É só mostrar a vontade que têm de jogar e ganhar. É isso que a cidade e o clube necessitam”, vincou.

O ex-avançado camaronês, de 39 anos, que recusa a ideia de os seus jogadores poderem estar desmotivados por virem de um longo ciclo sem vencer (11 jogos consecutivos sem triunfos), lembra que nada está decidido e que existem clubes em pior situação.

“Desmotivados? Não. Falamos de um grupo de profissionais e estamos a disputar um campeonato que ainda não acabou. Faltam cinco jogos e há duas equipas que estão atrás de nós. Não estamos bem posicionados e o que dizer de quem está atrás de nós. Temos sempre a vantagem de ter mais três pontos que, por exemplo, o Portimonense. Nem tudo é mau”, refere.
Questionado sobre se vai permanecer em funções até ao final da época ou apenas no duelo diante do Paços de Ferreira, Albert Meyong garantiu que o seu foco é neste momento outro e que no futuro se verá o que sucede.
“Sou funcionário do clube e estou no cargo como interino. Não sei o que isso quer dizer em português, mas deve ser por um tempo. O que me preocupa agora é o jogo de amanhã [sábado]. Não sei se vou estar contra o Aves ou nos jogos seguintes. A direção é que decide. Pediram-me para estar aqui e sabem que vou dar o máximo para ajudar. Depois veremos o que acontece”, disse.
O treinador não vai poder contar frente aos pacenses com os castigados Zequinha, Sílvio, Leandrinho e Guedes. Apesar das contrariedades, Albert Meyong deposita total confiança nas alternativas que tem no plantel.
“Não estou preocupado. Se estivesse, se calhar não estaria aqui. Tenho jogadores suficientes para poder dar a volta. É claro que há jogadores influentes que seguramente jogavam sábado, mas temos um plantel grande e vamos ter um onze e alguns no banco, por isso é mais do que suficiente. Os jogadores que tenho dão-me total garantia para amanhã [sábado]. Tenho a certeza de que vamos fazer um grande jogo e acabar por ganhar”, sublinhou.
Vitória de Setúbal, 16.º classificado da I Liga, com 30 pontos, e Paços de Ferreira, 13.º, com 31, defrontam-se no sábado, a partir das 17:00, no Estádio do Bonfim, em Setúbal, num jogo que vai ser arbitrado por João Pinheiro, da associação de Braga.
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