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Transporte aéreo de passageiros caiu 91% em maio

01 jul, 2020 - 19:21 • Sandra Afonso

São dados avançados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que apontam para uma ligeira recuperação, face à queda de 94% registada em abril. Ainda assim, os números estão muito longe do cenário pré-covid.

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Segundo a IATA, esta ligeira recuperação mensal justifica-se com os voos domésticos, sobretudo na China, uma vez que em maio as viagens internacionais ainda são residuais.

“Maio não foi tão terrível quanto abril. Conforme previsto, as primeiras melhorias na procura de passageiros estão a ocorrer nos mercados domésticos”, refere o director geral, Alexandre de Juniac. Começa agora um período de recuperação que deverá estender-se, “o tráfego internacional permaneceu praticamente parado em maio. Estamos apenas no início de uma recuperação longa e difícil e há uma tremenda incerteza sobre o impacto que um ressurgimento de novos casos de covid-19 em mercados importantes poderia ter”, acrescenta.

Voos Internacionais

Maio foi a continuação de abril, os números refletem os aviões estacionados nos aeroportos de todos o mundo. O procura internacional de passageiros caiu 98,3%, face a maio de 2019, e ficou praticamente inalterada em comparação com a queda de 98,4% registada em abril. Até a carga caiu 51,9 pontos percentuais, para 28,6%, em média pouco mais de um quarto dos assentos foi ocupado.

Europa, Ásia-Pacífico, Médio Oriente, América do Norte, América do Sul e África, todos apresentam quedas de tráfego na ordem dos 98%.

Voos domésticos

O tráfego doméstico caiu 79,2% em maio, o que representa uma melhoria face à queda de 86,2% em abril. A capacidade doméstica diminuiu 69,2% e a taxa de ocupação caiu 27,2 pontos percentuais, para 56,9%.

Com as melhores estatísticas, destacam-se as companhias chinesas, que registaram uma queda de 49,9% no tráfego em maio, que melhora significativamente em relação à descida de 64,6% em abril. Ainda assim, novas infeções detetadas em Pequim obrigaram a cancelar voos para este destino.

As companhias aéreas norte-americanas indicam uma queda no tráfego de 89,5% em maio, que compara com 95,6% em abril. Também aqui, a recuperação está ameaçada com o recente aumento nas taxas de infecção nos principais estados dos EUA, já após a suspensão do desconfinamento.

“Parece que estamos nos estágios iniciais de uma recuperação nas viagens aéreas, mas a situação é frágil. Precisamos que os governos apoiem e fortaleçam o reinício implementando rapidamente as diretrizes globais da ICAO para restaurar as ligações aéreas”, conclui Alexandre de Juniac.

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