27 jun, 2020 - 10:13 • Redação
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Depois da polémica, o "El País" corrigiu a notícia sobre o confinamento em Lisboa por causa da Covid-19. Na edição de quinta-feira, o diário espanhol escreveu que Portugal ordenou o confinamento de três milhões de lisboetas. O Governo português tinha exigido a correção urgente e pública da notícia.
Um dia depois, numa reportagem a que chama “passeio tranquilo por Santa Clara”, a freguesia com mais restrições em Lisboa e a única onde o estado de calamidade se mantém, o jornal espanhol escreve que em Portugal não há "um confinamento, como é entendido na Espanha, e como este jornal foi publicado na quinta-feira". "Isso nunca existiu em Portugal, nem mesmo durante o auge da epidemia, exceto para quem tem um resultado positivo".
O "El País" explica que a partir do próximo dia 1 de Julho, Portugal estará divido em três zonas em função da evolução da pandemia: estado de alerta, estado de contingência e o estado de calamidade em que se mantêm 19 freguesias. Isso sucederá em princípio por 15 dias, "mas sem confinamento obrigatório".
Ainda sobre a Área Metropolitana da capital o jornal observa que tem 119 freguesias, e apenas uma das 19 que está em estado de calamidade pertence efetivamente a Lisboa.
Ministério dos Negócios Estrangeiros lamenta títul(...)
Ainda na sexta-feira, o Governo português desmentiu uma notícia do jornal espanhol “El País”, com o título “Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas”.
A posição oficial foi divulgada esta sexta-feira, ao início da tarde, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). “O título da primeira página do El País de hoje (‘Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas’) é totalmente falso”, afirma o gabinete do ministro Augusto Santos Silva.
O Governo português “lamenta profundamente que um jornal com o prestígio e a responsabilidade do El Pais publique uma tal falsidade”.
Este sábado, numa declaração à Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que está satisfeito com a correção, "é sempre de louvar quando erros são reconhecidos e corrigidos".
[Notícia atualizada às 14h48]