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Coronavírus

Reino Unido regista mais 171 mortes e forte aumento desde a véspera

23 jun, 2020 - 20:17 • Lusa

A média semanal de óbitos caiu de um pico de 943 a 14 de abril para 130 na segunda-feira, o que permite ao governo levantar mais restrições, com a reabertura de restaurantes, bares e cabeleireiros a partir de 4 de julho.

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O Reino Unido registou 171 mortes nas últimas 24 horas, elevando para 42.927 o total acumulado durante a pandemia da Covid-19, informou esta terça-feira o ministério da Saúde britânico.

Foram diagnosticados 874 novos infetados em 237.142 testes efetuados, pelo que o número de casos de contágio aumentou para 306.210 desde o início da pandemia.

Na segunda-feira, o balanço tinha sido de mais 15 mortes e 958 novos infetados relativamente à véspera, mas os valores durante o fim de semana são regularmente afetados pela demora no processo administrativo do registo dos óbitos.

De acordo com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a média semanal de óbitos caiu de um pico de 943 a 14 de abril para 130 na segunda-feira, o que permite ao governo levantar mais restrições, com a reabertura de restaurantes, bares e cabeleireiros a partir de 4 de julho.

Crucial para esta decisão é a redução da regra de distanciamento social de dois metros para “um metro ou mais” nestes locais, que terão de adotar outras medidas, como o uso de painéis protetores, gel desinfetante e redução da capacidade.

Hotéis e outro tipo de alojamento turístico, ginásios e parques infantis ao ar livre, cinemas, museus, galerias, parques temáticos, bibliotecas, salas de jogos e locais de culto também vão poder abrir.

Mas espaços que exigem muita proximidade vão continuar fechados, como discotecas, ginásios em espaços fechados, piscinas, parques aquáticos, spas e salas de bowling.

O plano afeta apenas Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre as regras do confinamento nos respetivos territórios e adotaram calendários e medidas diferentes.

“Como já vimos em outros países, vão existir surtos para os quais serão necessárias medidas locais e não hesitaremos em aplicar os travões e reintroduzir restrições mesmo em nível nacional se for necessário”, alertou Johnson, durante uma declaração no parlamento britânico.

De acordo com números publicados esta terça-feira pelo instituto de estatísticas britânico ONS relativamente a Inglaterra e País de Gales, juntamente com dados da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o número de casos confirmados e suspeitos de mortes por Covid-19 já chegou a 54 mil.

Este valor é mais alto do que o balanço diário do governo porque usa como fonte as certidões de óbito, que podem levar algumas semanas para serem emitidas e que incluem os casos suspeitos e não apenas os casos confirmados por teste.

O excesso de mortalidade, que inclui todas as mortes resultantes indiretamente da pandemia e compara o valor com a média dos últimos cinco anos, ultrapassou os 64 mil óbitos durante o período da pandemia Covid-19.

Este é considerado o melhor indicador do impacto do vírus, pois fornece uma visão ao longo de períodos históricos e inclui a mortalidade por todas as causas, incluindo aquelas que possam ser uma consequência da crise, como a falta de assistência médica.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.540 pessoas das 39.737 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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