22 jun, 2020 - 21:51 • Redação, com Lusa
O arquiteto e pintor João de Almeida, fundador do Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR) morreu esta segunda-feira, em Lisboa, aos 92 anos, disse à agência Lusa fonte da Fundação Medeiros e Almeida.
De acordo com mesma fonte, o arquiteto, que participou na reabilitação dos Paços do Concelho de Lisboa, e foi responsável pela renovação do Museu Nacional de Arte Antiga, foi vítima de várias complicações de saúde.
João de Almeida tinha sido internado na madrugada de domingo, no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde veio a falecer na madrugada desta segunda-feira, indicou a fonte da fundação, de cujo conselho de administração o arquiteto fazia parte.
Nascido em Lisboa, João Paiva Raposo de Almeida dedicou a vida sobretudo à arquitetura e também à pintura, e foi um dos fundadores, com os arquitetos Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira, do Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR), ativo nos anos 1950 e 1960, que marcou a arquitetura e as artes em Portugal.
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, “lamenta profundamente” a morte do arquiteto e pintor João de Almeida.
Graça Fonseca recorda, em comunicado, o percurso de João de Almeida, desde os cursos de arquitetura e pintura que começou a frequentar na Escola de Belas Artes de Lisboa, a sua cidade natal, até ao encontro, em Basileia, com Hermann Baur, figura incontornável da arquitetura sacra na Europa Central.
“Com os arquitetos Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira, fundou o Movimento de Renovação da Arte Religiosa, ativo nos anos 1950 e 1960, que marcou indelevelmente a arquitetura e a visão das artes num Portugal muito marcado pelos modelos impostos pelo Estado Novo”, sublinha a ministra, em comunicado.
O seu percurso na arquitetura passou pela assinatura de inúmeros projetos, na sua maioria, na área da Grande Lisboa, passando pela reabilitação dos Paços do Concelho de Lisboa, pela renovação do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e pela reconversão do Convento das Bernardas, sublinha.