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Proibição de entradas a partir de Portugal. Costa não está preocupado com a "imagem internacional"

19 jun, 2020 - 14:16 • Redação

O primeiro-ministro reagiu às proibições de alguns países em relação aos viajantes que saem de Portugal. António Costa diz que alguns países fazem tão poucos testes que os seus dados não são comparáveis com os de Portugal.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse esta sexta-feira que não vai retaliar em relação aos países que estão a criar obstáculos à entrada de cidadãos que vaigem a partir de Portugal. À margem da reunião do Coselho Europeu, Costa frisou que é importante que os dados de infetados sejam comparados a partir da mesma base de testagem.

António Costa disse que não está preocupado com a imagem de Portugal devido a este bloqeuio de entradas de viajantes a partir do território nacional. “Para ser sincero não estou muito preocupado com isso".

O mesmo Costa argumentou com que a prova dos nove em relação ao assunto foi feita quando Portugal ganhou a corrida da final a oito da Ligad dos Campeões.

"Se houve resposta muito clara foi a que esta semana uma entidade como a UEFA deu. Quando teve de escolher um país seguro para realizar a fase final de uma grande prova , como é a Champions (Liga dos Campeões), escolheu Portugal”, respondeu.

Já em relação aos critérios encontrados para restringir as entradas num conjunto de países, a “Nós temos que saber como comparamos os dados em termos internacionais. Há uma matéria fundamental por uma questão de transparência: é que não podemos comparar o número de casos positivos ou negativos, sem ter em conta o número de testes que cada país realiza", disse o primeiro-mnistro.

O líder do Governo sublinha ainda que não se podes deixar de ter em conta "o peso do número de casos positivos em função do número de testes realizados" e não podemos deixar de olhar "para a gravidade maior ou menor da situação em função da capacidade de resposta do Sistema de Saúde”.

Para António Costa, o conjunto de países que revelaram reservas em relação às viagens oriundas de Portugal, só o Chipre, a Estónia e a Letónia estão em melhores condições que Portugal nestes três critérios.

“Por exemplo, a Áustria e a República Checa tem um numero de testes de tal forma inferior a Portugal que os dados deles não são verdadeiramente comparáveis com os dados de Portugal”, disse. A Dinamarca e a Lituânia, acrescentou, tem uma taxa de letalidade muitíssimo superior à portuguesa.

“Finalmente, a Bulgária, a Grécia e a Polónia, que têm não só muito menos testes como a taxa de mortalidade superior à portuguesa. Portanto não basta olhar para o número de casos que existem. O que acho que é absolutamente decisivo é que tenhamos todos critérios objetivos. E não vamos deixar e fazer o que é preciso em termos de saúde pública”.

António Costa disse depois que respeita todos os países, mas que o o primeiro conselho que dá a todos os portugueses é o de passar férias em Portugal.

O primeiro ministro disse depois que esta não é uma discriminação contra portugueses, mas em relação a que sai do terrório. Em relação a impor as mesmas condicionantes para quem saia dos países em causa, Costa salientou que "não é prática de Portugal fazer retaliação". "O que temos feito é o esclarecimento necessário", afirmou.

O primeiro-ministro disse ainda que estará "muito tranquilo" quando a comparação internacional entre estados, no ataque ao Covid-19, for realizada.

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  • José J C Cruz Pinto
    19 jun, 2020 Ílhavo 16:46
    Por enquanto, pode, ... que os alertas têm podido ser tidos por inconvenientes, e ignorados. Vamos ver se, depois da "final eight", com muitos a chegar, a circular, a assistir, e mais ainda a celebrar (... pontapés), não virá o "fim da picada". Mas oxalá que não!

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