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Há ambulâncias do INEM paradas todos os dias

26 abr, 2024 - 09:09 • Teresa Almeida

A denuncia é do sindicato de emergência pré-hospitalar que fala em dia negro do INEM, depois de ontem quase 30 ambulâncias terem estado sem funcionar, por falta de profissionais.

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Os constrangimentos nas ambulâncias do INEM mantêm-se esta sexta-feira. A denúncia é feita à Renascença por Rui Lázaro, do sindicato de Emergência pré-hospitalar, que garante que "continuam no dia de hoje várias ambulâncias paradas, numa paragem intermitente que pode durar 8, 12 ou mais horas”.

Depois de quase 30 ambulâncias terem estado esta quinta-feira sem funcionar, Rui Lázaro fala em dia negro e diz à Renascença, que no mínimo, há ambulâncias paradas durante 8 horas, todos os dias, dependendo dos turnos dos profissionais.

"São constrangimentos que se têm vindo a verificar já desde o ano passado e coincidem com denúncias que temos vindo a receber ao longo das últimas semanas, de ocorrências, emergências que esperam mais de uma hora, duas horas, por não haver ambulâncias disponíveis", explica. "Ontem foi um caso a que nós chamamos de negro, em que se somaram 28 ambulâncias paradas por falta do técnico”, salienta.

Constrangimentos são "essencialmente por falta de profissionais"

Rui Lázaro garante que há várias regiões, de norte a sul do país, onde há ambulâncias paradas há algum tempo por falta de pessoal. "Por exemplo, uma das ambulâncias de Viseu e de Coimbra e algumas de Lisboa, já há vários meses que nem sequer abrem por falta de pessoal”, explica o dirigente, que admite que uma das explicações para esta situação no INEM é a falta de profissionais.

Ou seja, os atuais constrangimentos “são essencialmente por falta de profissionais”.

Para Rui Lázaro, a carreira não é atrativa e são precisas alterações: para o sindicalista, é preciso "alterar a política de gestão do INEM", que "tem vindo a ser bastante má" e que apelida de "retrógrada e conservadora". Como consequência, "muitos profissionais" afastam-se do instituto e não é possível "atrair novos técnicos". "Os últimos concursos têm ficado praticamente sem profissionais”, assegura Rui Lázaro.

Para resolver o problema, Rui Lázaro admite haver já conversações com o Ministério da Saúde. Aguarda-se agora a marcação de uma reunião com o ministério de Ana Paula Martins.

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