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Centeno "fica para a História" e “não haverá mudança de rumo”, diz Marcelo

09 jun, 2020 - 20:03 • Redação

Mário Centeno “foi certamente das principais personalidades políticas dos últimos anos da vida nacional”, salienta o Presidente da República, que compreende a decisão de deixar o Governo.

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A saída de Mário Centeno de ministro das Finanças não representa uma mudança de rumo e “isso é importante, afirma o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa reação à substituição de Mário Centeno por João Leão no Ministério das Finanças, Marcelo Rebelo de Sousa disse compreender a decisão do chamado “Ronaldo das Finanças”.

O Presidente da República considera que Mário Centeno fez história, ao conseguir o primeiro excedente orçamental da democracia e prestigiou o nome de Portugal como presidente do Eurogrupo.

Mário Centeno “foi certamente das principais personalidades políticas dos últimos anos da vida nacional”, salienta Marcelo.

“Isso é um facto incontroverso e, quando se fizer a história, não apenas o facto de ter atingido um excedente orçamental, mas ter tido uma gestão como foi aquela a que assistimos nos últimos anos, isso fica para a História e é inquestionável.”

O Presidente da República “respeita integralmente” a decisão de Mário Centeno de abandonar o Governo.

“Em democracia as pessoas são livres e escolhem em cada momento aquilo que entendem que é a melhor decisão na ótica do interesse pessoal e coletivo, da sua visão do interesse coletivo, e temos de respeitar”, afirmou.

“Há vários meses que fiz o que entendi que devia fazer sobre esta matéria, mas respeito integralmente em todas as circunstâncias as opções daqueles que na economia, na política, na sociedade, no trabalho decidem mudar as suas vidas e mudar de ciclo de vida”, sublinhou Marcelo.

Sobre a promoção do secretário de Estado do Orçamento, João Leão, a ministro das Finanças, Marcelo Rebelo de Sousa fala em continuidade.

“Pela própria lógica de ter durante quatro anos e meio colaborado diretamente com Mário Centeno dá-nos garantia de continuidade que é fundamental. Aquilo que me preocupava em termos dos interesses do país, por estarmos em pandemia e por estarmos em crise económica e social, era que não houvesse uma mudança de rumo em matéria de política financeira, nomeadamente política orçamental. Não haverá mudança de rumo e isso é importante”, rematou o Presidente da República.

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