06 jun, 2020 - 22:18 • Lusa
Veja também:
O Presidente do Brasil diz que, para "evitar subnotificações e inconsistências", os dados diários sobre a Covid-19 no país são divulgados mais tarde, incluindo apenas as novas infeções e mortes das últimas 24 horas.
Jair Bolsonaro afirmou nas redes sociais que "o Ministério da Saúde adequou a divulgação dos casos e mortes relacionados com Covid-19", optando por publicar o balanço diário mais tarde, às 22h00 e não às 19h00, para "evitar subnotificações e inconsistências", refere o G1, portal de notícias do grupo Globo.
Na sexta-feira, o boletim diário do Ministério da Saúde brasileiro sobre a Covid-19 apenas incluiu o número de novos infetados e mortos e o número de casos recuperados das últimas 24 horas, excluindo os totais acumulados desde o início da pandemia.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela doença respiratória infeciosa e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados (mais de 645 mil, atrás dos Estados Unidos) e o terceiro de mortos (35.026, depois de Estados Unidos e Reino Unido).
De acordo com o portal G1, a página do Governo Federal do Brasil que publica os dados da pandemia no país não está a funcionar, apenas tem a indicação de que se encontra em manutenção.
Justificando as alterações na divulgação do boletim diário do Ministério da Saúde, Jair Bolsonaro alegou que havia "risco de subnotificação" se a informação fosse disponibilizada mais cedo, entre as 17h00 e as 19h00, como foi prática durante muito tempo.
O Presidente do Brasil invocou, ainda, que os "fluxos" de dados estão a ser "padronizados e adequados" para garantir uma "melhor precisão" da informação.
A pandemia da Covid-19 já provocou mais de 397 mil mortos e infetou mais de 6,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.