28 mai, 2020 - 18:12 • José Pedro Pinto
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Ganha a batalha do estádio, o Vitória de Setúbal prepara-se para nova "luta": levar adeptos às bancadas do Bonfim ainda na presente temporada.
Depois de Carlos Pereira, presidente do Marítimo, ter já defendido que o futebol pode regressar em segurança com espetadores "in loco", o líder sadino confessa partilhar da mesma opinião.
Em Bola Branca, Paulo Gomes suporta-se na reabertura, com público, de setores como espetáculos de cultura (teatros, por exemplo) ou cinemas, realizados em espaços fechados e traça a comparação com o futebol, realizado ao ar livre. A conclusão, para o presidente do Vitória, é óbvia.
"Pelo que vejo nesta retoma, não faz sentido nenhum os estádios estarem vazios. Definam a percentagem de adeptos nos estádios: 10%, 15%, 20%, 25%, o número de adeptos que devam estar nos estádios. Estou de acordo de que os adeptos tenham de estar presentes, cumprindo-se todas as regras. E vou estar nessa luta", anuncia Paulo Gomes, que não esconde a felicidade pelo desenlace positivo relativo à aprovação do Bonfim.
"É para nós uma decisão que tinha de ser tomada porque ninguém nos explicava porque razão não podíamos jogar no Bonfim. Tivemos cá a DGS e, afinal, o nosso estádio, que é de categoria 3, na linha da Covid-19, tem condições que muitos outros estádios do país não têm. Só hoje foi aprovado. Felizmente, cumprimos com tudo o que pedido. Estou muito feliz, bem como toda a minha Direção", sublinha.
Paulo Gomes
Presidente do Vitória de Setúbal falou a Bola Bran(...)
A uma semana do regresso oficial do Vitória de Setúbal aos relvados da Primeira Liga, é justamente o primeiro jogo da equipa que está no epicentro de um problema que Paulo Gomes já havia denunciado em Bola Branca.
Os setubalenses vão à Madeira defrontar o Marítimo, para a jornada 25 do campeonato e o delicado "dossier" da ligação aérea Lisboa-Funchal continua por resolver.
O jogo estava inicialmente marcado para março mas a suspensão competitiva devido à pandemia da Covid-19 adiou o encontro e criou outro foco de tensão: com as precauções devidas e com a necessidade de contingência do coronavírus, Liga e Federação estão a tentar desbloquear o aspeto financeiro dos voos "charter" que transportarão os adversários do Marítimo e as respetivas equipas de arbitragem até à Madeira.
Paulo Gomes coloca agora o ónus final no organismo liderado por Pedro Proença.
Já pagámos a viagem e o hotel, temos as nossas contas organizadas para ir à Madeira. A DGS aprovou - e bem - o estádio do Marítimo mas esqueceram-se de uma coisa: como é que nos deslocamos? Contamos que a Liga Portugal, entre hoje e amanhã, nos resolva este problema porque não temos culpa desta deslocação, que está já paga por nós. Por isso, espero que haja bom-senso de todos e que o problema seja resolvido. Muito honestamente, este problema não nos é imputável. Foi criado pela situação que se originou e há condicionantes quanto aos voos para chegarmos à Madeira. E nós não temos culpa disso", completa Paulo Gomes.