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Ciclone Amphan arrasa Índia e Brangladesh: já se contam 84 mortos

21 mai, 2020 - 15:50 • Cristina Branco com Reuters

Aldeias e vilas inundadas, comunicações cortadas em vários locais, autoridades ainda não conseguem avaliar-se a dimensão da destruição. Devastação provocada pelo ciclone junta-se às dificuldades no combate à Covid-19, com centenas de pessoas a recusar deixar as casas com receio de pessoas infetadas nos abrigos.

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Amphan, o mais poderoso ciclone que na última década, atingiu o leste da Índia e o Bangladesh, provocou a morte a pelo menos 84 pessoas. As equipas de socorro tentam ajudar a população das cidades costeiras.

Calcutá, na Índia, foi devastada e, de acordo com a BBC, há milhões de pessoas sem eletricidade e a água inundou grandes parcelas de terra.

As autoridades retiraram milhões de pessoas da zona antes de o Amphan chegar a terra, mas a extensão da destruição do violento ciclone só poderá ser apurada quando as comunicações forem restabelecidas.

Em Bengala Ocidental, segundo o chefe do governo local, aponta 72 pessoas mortas, a maior parte em consequência de electrocuções ou mortas por árvores derrubadas pela violência dos ventos de 185 km por hora.

No Bangladesh contam-se, por agora, 12 mortos.

“Parecia o fim do mundo. Tudo o que pude fazer foi rezar a Alá para nos salvar”, contou Azgar Ali, de 49 anos, residente em Satkhira, na zona costeira do Bangladesh.

A tempestade arrancou telhados, destruiu a rede elétrica e deixou muitas vilas e aldeias inundadas.

O Amphan provocou uma subida de cinco metros das águas em Bangala Ocidental, provocando uma vasta cheia nas zonas baixas da costa.

Imagens recolhidas pela Reuters Television mostram barcos destruídos em terra, pessoas com a água pelos joelhos e veículos esmagados e amontoados uns sob os outros.

À medida que atravessou o Bangladesh, o ciclone foi enfraquecendo e perdeu força passando tempestade ciclónica.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, deixou uma mensagem no Twitter: “Vi imagens de Bengala Ocidental e da devastação causada pelo ciclone. É uma hora difícil, toda a nação está solidária com Bengala Ocidental”.

Três milhões de pessoas foram retiradas para abrigos.

O aeroporto de Calcutá, a capital de Bengala Ocidental, com 14 milhões de habitantes, está debaixo de água e não há eletricidade.

Pradip Kumar Dalui, um responsável do estado, afirmou que a tempestade fez transbordar os rios, inundando dezenas de vilas onde habitam cem mil pessoas.

O ciclone ocorreu numa altura em que os dois países tentam combater a propagação da covid-19 e foram muitas as pessoas que resistiram a sair das suas casas por receio de haver pessoas infetadas nos abrigos.

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