19 mai, 2020 - 08:52 • Carlos Dias
Para o presidente do Sporting, Frederico Varandas, Rúben Amorim “dificilmente, em três a quatro anos, não estará nos melhores clubes europeus". O treinador tem impressionado pela metodologia de treino, a liderança e o não ter medo de apostar na juventude.
Em entrevista ao Canal 11, o presidente dos leões não se mostrou preocupado com os 10 milhões de euros gastos na aquisição de Rúben Amorim, considerando que a planeada aposta nos jovens vai render muitos milhões. Para Varandas, só o jovem médio brasileiro Matheus Nunes, de 21 anos, vai render o suficiente para pagar a transferência do treinador:
"O Sporting tem tem 50% do passe de Matheus Nunes e pagou 500 mil euros por essa parte. Tem a hipótese de comprar mais 40% por outros 500 mil euros. Temos todo interesse em comprar. Do que eu já vi do Matheus Nunes, como está a treinar hoje com os colegas como Battaglia, Doumbia, Vietto, não tenho dúvidas nenhumas que vai pagar o Rúben Amorim. Só ele vai pagar o Rúben Amorim. Eu, para acertar no treinador, tem de ser competente e completamente em sintonia com a aposta nos jovens."
Frederico Varandas confirmou o regresso da equipa B. "Vamos tê-la já este ano. Ainda não é oficial. Ainda não está consumado, apesar de já ter tido uma conversa com o presidente Fernando Gomes [da Federação Portuguesa de Futebol]", afiançou o líder leonino.
Quanto à I Liga, o presidente do Sporting considera que seria benéfica uma redução para 16 clubes participantes: “As equipas têm de ser muito mais protegidas, têm de aumentar a competitividade. Temos de ter menos equipas, mas com melhores condições. Temos de ter pessoas que queiram pagar um bilhete mas têm de estar num estádio onde haja uma cadeira e não chova em cima deles, que não haja agressões e violência.”
Poucas horas antes da entrevista, o Sporting confirmou as saídas do Conselho Diretivo de Filipe Osório de Castro (vice-presidente) e Rahim Ahamad (vogal). Varandas esclareceu que há muito que estavam planeadas.
"O comunicado é de hoje [segunda-feira], mas é algo para o qual o Conselho Diretivo estava preparado há dois meses. Estamos a viver a maior crise dos últimos 100 anos. O clube está a ser afetado, mas também as empresas e as famílias. Estes dois elementos deram muito ao clube, são dois empresários, tal e qual como outros membros do que não são remunerados. Nunca ganharam um tostão no clube. Se já é difícil conciliar as suas vidas profissionais com as obrigações no Sporting, esta pandemia virou o mundo deles e de quase todos nós", explicou o presidente do Sporting.