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António Costa: ​“Não faltarão ventiladores para todos os doentes”

08 mai, 2020 - 12:11 • Cristina Branco

O primeiro-ministro garante que Portugal pode tornar-se autónomo na produção destes equipamentos. Costa diz que há uma lição a retirar dos dois últimos meses: o país não pode depender do “mercado internacional selvagem”.

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O primeiro ministro, António Costa, garantiu, esta sexta-feira, em Matosinhos, que não vão faltar ventiladores para todos os portugueses que deles necessitem, mostrando-se, ainda, convicto de que Portugal tem condições para se tornar autónomo na produção destes equipamentos.

Numa visita ao Centro de Investigação e InovaçãoTecnológica, em Matosinhos, Costa agradeceu à equipa de investigadores que conseguiu produzir em 45 dias uma centena de ventiladores prontos a entrar em funcionamento.

“Há uma lição a tirar destes dois últimos meses de pandemia, que já parecem vários anos: Portugal não pode depender de um mercado que está completamente desregulado e selvagem, a lutar quase ombro a ombro fisicamente para comprar um ventilador aqui, comprar outro ventilador ali", sublinhou o prmimeiro-ministro.

“Nós temos que reforçar a nossa capacidade de produção e temos engenharia para isso, temos indústria para isso, temos competências profissionais para isso e, portanto, podemos ser autónomos na produção, seja de máscaras, seja de protecção individual integral de qualquer tipo, seja também de maquinaria como os ventiladores."

O objectivo é, a partir daqui, de acordo com António Costa, “libertar esta tecnologia, este 'know how' para a indústria nacional o passar a produzir em larga escala para as necessidades nacionais, mas também para as necessidades globais, porque os ventiladores continuam ser uma enorme carência em todo o mundo”. Falta obter agora a certificação para que estes equipamentos, produzidos em Matosinhos, possam ser utilizados e exportados.

“Isso é um ganho que conseguimos, porque, mais uma vez, provámos que, em todos os momentos de exceção, os portugueses são absolutamente excecionais”, acrescentou o primeiro-ministro, que assinalou também que o esforço nacional transformou a indústria e a ciência portuguesas.

Para António Costa, há outa mensagem “muito importante” a deixar: “O ânimo e a confiança que os portugueses podem ter no nosso país, nos nossos engenheiros e na nossa indústria e nos nossos profissionais."

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