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Coronavírus

Giuseppe Conte. “O problema não é sair da recessão, mas sair o mais rápido possível”

30 mar, 2020 - 08:25

Primeiro-ministro italiano adverte que o novo coronavírus trata todos por igual. "É um desafio histórico para a Europa", diz, defendendo a criação de um instrumento de dívida comum.

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O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, alinha pelo discurso de António Costa e alerta que a Europa está perante “um desafio histórico” que só vencerá se estiver unida.

“O problema não é sair da recessão, mas sair o mais rápido possível”, observa o responsável político do país com mais mortes provocadas pela pandemia de Covid-19, em entrevista ao jornal espanhol “El País”.

Conte defende a criação de um mecanismo que permita apoiar toda a economia a que chama Plano de Recuperação Europeia e de Reinvestimento. “Não penso num instrumento particular [como as ‘eurobonds’], mas este é o momento de introduzirmos uma ferramenta de dívida comum, que nos permita vencer esta guerra o mais breve possível e relançar a economia”, sublinha.

À resistência de alguns países - Alemanha, Holanda, Áustria e Finlândia - em validar um instrumento desta natureza, o governante responde que “ninguém se pode excluir desta crise”.

“Esses países estão a ponderar a situação a partir de uma perspetiva antiquada e inadequada para esta crise. Este é um choque simétrico que afeta todos, sem exceção. A resposta tem de ser uma reação forte e conjunta, com recurso a medidas extraordinárias”, acrescenta.

Num reforço do apelo a uma resposta a uma só voz, o primeiro-ministro italiano adverte que se tal não acontecer a Europa corre o risco de cometer um “erro trágico”. “Espero, sinceramente, que a Europa saiba estar à altura desta situação”, conclui.

“Estamos na fase mais aguda”

Itália é o país com mais vítimas mortais de Covid-19, já superou as 10 mil, e Conte destaca a “ferida profunda” provocada pelos números. Os epidemiologistas projetam que a pandemia “está chegar ao pico” e o primeiro-ministro lembra que a Itália também tem um recorde de pessoas curadas: 1.434.

Determinante, considera, é que todos se mantenham alerta e que olhem para a Itália como exemplo do que pode suceder.

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