05 mai, 2020 - 12:50 • Aura Miguel
Veja também:
São 122 linhas de orientação, agrupadas em quatro palavras-chave já definidas por Francisco para a pastoral migratória: acolher, proteger, promover e integrar.
Na apresentação deste novo documento, por vídeo-conferência, o Cardeal Michael Czerny, responsável do Vaticano pela Secção dos migrantes e refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano e Integral, espera que estas orientações contribuam para que os cerca de 50 milhões de deslocados ”sejam reconhecidos e apoiados, promovidos e eventualmente reintegrados”, com vista a “um papel ativo e construtivo no seu país, mesmo que causas poderosas, naturais e injustas os tenham forçado a fugir de casa e a refugiar-se noutro lugar.”
Casa Comum
Paulo Rangel e Francisco Assis debateram a epidemi(...)
Na perspectiva da Santa Sé, um dos primeiros desafios é acolher, ”dar visibilidade a tantos deslocados que, por falta de dados e reconhecimento oficial, a sua vulnerabilidade aumenta”.
O documento alerta para as dificuldades de intervenção, em sua defesa, junto da comunidade internacional e para a ”falta de interesse por parte dos media e da sociedade em geral“, factos que dificultam ”o reconhecimento adequado das suas necessidades”. Destaca também a responsabilidade da Igreja local no acompanhamento destas situações, em colaboração com as autoridades, sociedade civil e agentes nacionais e internacionais.
O exemplo de coragem cristã de Santa Catarina de S(...)
O Vaticano recomenda “normativas transparentes” que protejam os deslocados internos, em todo o mundo, e pede medidas que combatam o tráfico humano, protejam os agentes humanitários e valorizem o diálogo e respeito mútuo para se evitarem conflitos étnicos.
O grande objectivo passa também por avaliar, ”com cuidado e de forma escrupulosa“, a possibilidade de os deslocados regressarem a suas casas. Tudo isto, através de um trabalho conjunto, não só entre católicos, mas ”em cooperação ecuménica e inter-religiosa”, lê-se no documento.