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João Ferreira do Amaral
Opinião de João Ferreira do Amaral
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Uma afirmação pouco feliz

23 abr, 2020 • Opinião de João Ferreira do Amaral


O aumento da despesa pública hoje (se bem dirigido) pode ser a redução da carga fiscal de amanhã.

Nos meios governamentais foi proferida uma afirmação que é efectivamente muito pouco feliz. Foi o caso que, a propósito das medidas de apoio a tomar pelo Governo para mitigar a recessão económica, se enunciou o que se considera uma verdade insofismável “que os aumentos das despesas públicas de hoje são os impostos de amanhã” (não sei se estou a citar exactamente, mas o sentido era este).

A infelicidade da frase está, em primeiro lugar, que não é verdadeira e em segundo lugar, em que dá a entender que o Governo toma uma posição favorável à austeridade.

Convém começar justamente pela austeridade, tema em que existe muita confusão. As políticas de austeridade recomendam que em situação de recessão - em que o défice público em percentagem o PIB tende a aumentar, uma vez que a cobrança de impostos desce e a despesa tende a aumentar com o aumento do desemprego - o Estado deve realizar um esforço adicional de redução da despesa para manter o equilíbrio orçamental.

Estas políticas dão péssimos resultados, principalmente quando as famílias estão muito endividadas porque criam uma espiral recessiva que faz aumentar inaceitavelmente o desemprego e ironicamente tornam ainda mais difícil equilibrar as finanças públicas (sabemo-lo bem desde o programa da Troika). Ora a frase que critico dá a entender que o Governo aposta na austeridade. Julgo não ser esse o caso, mas parte da infelicidade da afirmação está justamente em dar uma ideia errada do que se pretende fazer.

Por outro lado, é uma frase que é falsa: aumento da despesa pública hoje vai, pelo contrário, permitir que a recuperação económica se faça mais rapidamente possibilitando, no futuro um decréscimo da carga fiscal. O aumento da despesa pública hoje (se bem dirigido) pode ser a redução da carga fiscal de amanhã.

Comentários
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  • José J C Cruz Pinto
    23 abr, 2020 Ílhavo 12:51
    E se este "JOAQUIM SANTOS" fosse até ao Vaticano "pregar" ao Papa Francisco e, depois, sentar-se sossegadinho a ouvi-lo, e a escrever o que ele disser (... e sempre disse ...), para depois o repetir até o conseguir decorar e recitar sem se enganar!
  • Joaquim Santos
    23 abr, 2020 Tojal 10:03
    De Sócrates, sabemos a herança recebida, de Costa pouco, porém o Céu falou e disse em 1/11/2015: "Há um político que se governar o vosso país, irá deixar a vossa nação mais abalada, e deste abalo, irá começar um período muito crítico para Portugal. Muita coisa nova irá acontecer. Homens, mulheres e crianças irão sofrer consequências justas e injustas, provocadas por erros. Em Fátima meus filhos alertei o mundo inteiro do perigo da ideologia comunista, vos avisando que esta se espalharia pelo mundo todo. A Igreja do Meu Filho Jesus, por várias vezes, já condenou o comunismo e o socialismo, de sorte que um católico fiel não pode jamais apoiar qualquer forma de socialismo, marxismo ou comunismo, nomes diferentes para o mesmo mal ou o mesmo veneno. Vou relembrar-vos novamente as minhas palavras em Fátima. Alertai-vos:” Se atenderdes aos meus pedidos a Rússia se converterá e terão Paz. Se o não fizerdes a Rússia espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados…Mais uma vez, meus filhos, os meus pedidos não foram atendidos, e o comunismo, o marxismo ou socialismo, se espalhou como uma terrível peste pelo mundo. Para se evitar todo este mal meus filhos, é preciso rezar muito o meu Rosário (o terço), fazer penitência, ter devoção ao Sagrado Coração de Jesus Cristo e ao Meu Imaculado Coração." Esta herança, a receber pelos portugueses não será apenas direta, mas indireta, devida aos pecados nacionais, melhor do Parlamento.