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Coronavírus. Aumento de casos na sexta-feira foi por notificações em atraso, diz ministra

11 abr, 2020 - 16:49 • Lusa

Marta Temido explicou que pode haver atrasos na atualização dos dados da vertente médica em relação à labotorial, o que explica o desfasamento de dados.

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A ministra da Saúde justificou o número elevado de novos casos de covid-19 no boletim de sexta-feira com um “pico” de notificações em atraso na vertente médica do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Sinave).

Segundo o balanço feito na sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal tinha registado 1.516 novos casos, o maior aumento em termos absolutos desde a confirmação dos primeiros casos, no dia 2 de março.

Na conferência de imprensa deste sábado, para a atualização diária sobre a pandemia da covid-19, Marta Temido explicou que esse aumento se deveu a um elevado número de notificações em atraso numa das bases de dados que serve de referência ao balanço da DGS.

“Como não houve nem 1.000 nem 1.500 amostras positivas nos últimos dias, estávamos perante algo que indiciava ser um pico de notificações de casos confirmados e que não estariam, até ontem [sexta-feira], notificados no Sinave médico”.

Marta Temido explicou que o balanço diário da DGS reflete os dados que são introduzidos nas duas vertentes do Sinave, uma laboratorial e uma médica, e por vezes pode haver um atraso na atualização dos dados da vertente médica em relação à laboratorial.

“O facto de o resultado laboratorial estar confirmado na vertente laboratorial não quer dizer que (essa informação) já tenha sido integrada na vertente médica e isto pode traduzir alguma flutuação daquilo que são os nossos números”, precisou.

A ministra da Saúde aproveitou a explicação para reforçar a necessidade de interpretar os dados da DGS com “cuidado e compreensão”, alertando que essa informação, que é volátil e dinâmica, pode nem sempre refletir a exata realidade.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 470 mortos, mais 35 do que na sexta-feira (+8%), e 15.987 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 515 em relação a sexta-feira (+3,3%).

Dos infetados, 1.175 estão internados, 233 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 266 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

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