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Graça Freitas: "Não se amedrontem com a Covid, continuem a procurar assistência médica"

06 abr, 2020 - 12:31 • Inês Braga Sampaio

A diretora-geral da Saúde salienta que a força médica em Portugal não está exclusivamente dedicada ao combate à pandemia do novo coronavírus. Quanto ao uso generalizado de máscaras, ainda não há decisão.

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A diretora-geral da Saúde salientou, esta segunda-feira, que a armada de profissionais de saúde em Portugal não está exclusivamente dedicada ao combate à pandemia do novo coronavírus, portanto os portugueses devem continuar a procurar assistência médica.

Na conferência de imprensa de atualização dos números da Covid-19 em Portugal, Graça Freitas foi confrontada pelo alto nível de mortalidade em março devido a outras doenças e deixou um apelo.

"Temos duas linhas de atuação: primeiro, garantir que os profissionais de saúde não estão todos dedicados à Covid-19 e continuam a ser assegurados outros cuidados; por outro lado, temos apelado muito às pessoas que não se deixem amedrontar pela Covid e continuem a procurar assistência médica, seja para doenças crónicas, seja para situações agudas", salientou a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Decisão sobre as máscaras só mais para a frente


Graça Freitas também falou sobre o uso generalizado de máscaras, depois da admissão, por parte da ministra da Saúde, que isso poderia vir a ser aconselhado. Para já, a diretora-geral da Saúde prefere alinhar-se com as maiores autoridades internacionais na matéria.

"Pedimos um parecer em relação às máscaras, temos visto outros pareceres mas continuamos que estamos alinhados à data com a Organização Mundial de Saúde [OMS]. Esperamos que, esta semana, a OMS e o Centro Europeu de Controlo de Doenças Transmissíveis emitam novas orientações. Estamos a fazer análise dos pareceres, da evidência científica e manter-nos alinhados. Teremos de aguardar mais uns dias para podermos responder concretamente", realçou.

Sobre a indefinição acerca da hipotética imunidade ao vírus de quem venceu a Covid-19, Graça Freitas lembrou que não há, ainda, resultados conclusivos e fez questão de fazer uma distinção de conceitos:

"Temos de ir acompanhando. Há dois conceitos muito importantes. Um é recuperação clínica, quando alguém deixa de apresentar sintomas, e outro é alguém que recupera clinicamente, mas durante um período mais longo pode ainda transmitir. Este é um vírus novo, com características diferentes, e, ao longo do tempo, vamos aprendendo mais coisas sobre a sua dinâmica."

Esta segunda-feira, a DGS atualizou o número de casos confirmados do novo coronavírus para 11.730. Há, ainda, registo de 311 mortes por Covid-19 e 140 recuperações da doença, mais 65 que no dia anterior.

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  • Carlos
    06 abr, 2020 Famalicão 13:51
    Os serviços de saúde andam há deriva.Não se compreende,que o meu hospital não atenda telefonemas pedindo informações sobre umas consultas de oncologia.Depois de tentar 10 vezes fico revoltado.

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