31 mar, 2020 - 23:32 • Henrique Cunha
Em declarações à Renascença, André Costa Jorge, do Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados (JRS), diz que "o caso ocorrido em Lisboa merece uma acão urgente por parte do Governo".
Costa Jorge refere que "independentemente daquilo que vier a ser apurado sobre a causa da morte, este caso representa a necessidade urgente de que haja nestes espaços a presença diária de uma entidade externa e imparcial para que este tipo de abusos não possa ocorrer".
O responsável do JRS adianta que "aquilo que quisemos dizer ao Ministro da Administração interna é que existem experiências positivas de acompanhamento de migrantes em espaços de confinamento e que essas experiências devem ser replicadas para as estruturas dos aeroportos, tal como se tem vindo a chamar a atenção nos vários relatórios e nas várias reuniões que temos tido, quer com o serviço de estrangeiros e fronteiras, quer com o Ministério da Administração interna".
André Costa Jorge sugere que possa ser criado nos aeroportos uma experiência idêntica à solução encontrada para o Centro de Instalação Temporária que existe desde 2006 na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto.
"A experiência com migrantes que estão à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras é uma parceria que envolve naturalmente o SEF como entidade gestora do SEF; conta com a permanência do Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados garantindo a presença de apoio psicológico e apoio jurídico; também conta com a presente da obra das migrações e da organização médicos do mundo" , resume o responsável do Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados.
O Serviço Jesuíta aos Refugiados é uma organização internacional da Igreja Católica, fundada em 1980, sob a responsabilidade da Companhia de Jesus.