17 mar, 2020 - 11:37 • Sofia Freitas Moreira , com agências
O Irão libertou temporariamente 85 mil prisioneiros, incluindo alguns presos políticos. A decisão surge como resposta à pandemia da Covid-19, indica um porta-voz judiciário.
A liberdade foi concedida apenas a presos com sentenças que terminam nos próximos cinco anos, explicou Gholamhossein Esmaili.
O mesmo responsável referiu ainda que foram tomadas medidas preventivas para conter o surto do novo coronavírus dentro das prisões, mas não mencionou quando os presos libertados teriam de regressar aos estabelecimentos prisionais.
De acordo com movimentos ativistas daquele país, o Irão libertou, pelo menos, uma dúzia de presos políticos nos últimos dias.
Nas últimas 24 horas, morreram mais 135 pessoas no Irão, vítimas de infeção pela Covid-19, e surgiram mais 1.178 casos confirmados de contágio. O número total de mortes encontra-se nos 988 e de casos confirmados nos 16.169, disse o porta-voz do ministério da Saúde, na televisão estatal, esta terça-feira.
O Governo iraniano apelou aos cidadãos para evitarem ao máximo viagens desnecessárias, mas rejeita a hipótese de fechar fronteiras e cidades, apesar do aumento diário de vítimas mortais.
De acordo com a agência Reuters, muitos iranianos têm ignorado os conselhos das autoridades de saúde para permanecerem em casa e lojas e restaurantes continuam abertas ao público.
Os Emirados Árabes Unidos, um país rival do Irão, decidiu esquecer momentaneamente as rivalidades e enviou dois aviões para o Irão, com 32 toneladas de material hospitalar, incluindo luvas e máscaras cirúrgicas.