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Letalidade do coronavírus em Portugal "está dentro da média europeia"

26 mar, 2020 - 12:37

Graça Freitas confirma que medicamentos da ébola e malária estão a ser usados no tratamento a doentes com coronavírus. "Os nossos doentes estão a usar todo o arsenal terapêutico ao dispor", disse.

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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explica que a taxa de mortalidade do coronavírus em Portugal está "dentro da normalidade europeia" e ronda 1%.

"À medida que vamos tendo mais doentes, poderemos ter doentes em situação já mais grave, que foram evoluindo. Infelizmente, alguns destes casos mais graves vão evoluir para morte. Para já, estamos dentro da normalidade europeia. A letalidade geral do nosso país é pouco superior a 1% para todas as faixas etárias, mas é mais acentuada a cima dos 70 anos", disse Graça Freitas, em conferência de imprensa.

Com a entrada de Portugal na fase de mitigação da doença, Graça Freitas explica que aumentarão o número de casos suspeitos por dia e, consequentemente, o número de testes realizados.

"Temos feito os testes necessários para tirar dúvidas. Quem tem sintomas compatíveis tem sido testado. Quem for considerado suspeito, a linha SNS24 vai criar uma requesição para ser testado. Todos os 22 mil suspeitos foram testados, e muitos mais fizeram o teste. À medida que a curva epidémica sobe, é normal que aumenta o número de suspeitos por dia", explica.

Neste momento em que já se verifica contágio comunitário, as autoridades de saúde já não precisam de recorrer a uma ligação direta com um paciente infetado para fazer o teste. "Já não nos interessa essa ligação. O critério é ter sintomas. Sabe-se hoje que o primeiro sintoma é a tosse, depois também febre e dificuldade respiratória. Quem tiver sintomatologia, deve procurar triagem, sem pânico".

"Doentes estão a usar todo o arsenal terapêutico ao dispor"

Graça Freitas admite que estão a ser utilizados medicamentos para a tratar a Ébola e Malária em doentes com coronavírus.

"Os nossos doentes estão a usar todo o arsenal terapêutico ao dispor, de acordo com a situação clínica. É avaliado caso a caso pelo médico assistente. Aparentemente esses medicamentos resultam, e estamos a usar ainda fora da indicação primária”, explica.

A Direção-Geral de Saúde confirma ainda que as autoridades regionais estão, desde dia terça-feira, impossibilitados de determinar quarentena obrigatória para quem entra no país.

"É uma revogação temporária porque criamos novos mecanismos para estas determinações. Até agora, as autoridades de saúde regionais avaliam o risco de saúde da sua população e faziam a determinação da quarentena. Está revogado temporariamente. Temos de nos adaptar aos períodos transitórios. Essa decisão pode ser tomada pela autoridade de saúde unilateralmente pessoa a pessoa. Há flexibilidade suficiente para se assegurar isso", remata.

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