25 mar, 2020 - 15:11 • Sandra Afonso
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Ao contrário do que já foi anunciado e mesmo comprovado no terreno pela Renascença, não há indicação oficial para impedir o acesso a estas duas zonas, como está a acontecer no paredão de Cascais.
Segundo avança o porta voz da Marinha, Fernando Fonseca, “não há nenhuma praia nem nenhum paredão interdito neste momento”. O que existe é “um reforço da fiscalização, das zonas que são normalmente comuns, sobretudo nestes dias de tempo com mais calor, em que há uma maior tendência para as pessoas se aglomerarem”.
Na prática, estão reforçadas as patrulhas e a vigilância. Esta é uma competência da autoridade marítima, através das capitanias e da Polícia Marítima, são eles que fazem “essa patrulha muito regular e incisiva, em zonas onde suspeitam que haja esse tipo de aglomerados, por vezes até recebemos denúncias, aí a polícia vai e atua”, diz Fernando Fonseca.
Até ao momento, a única ordem que existe é para impedir ajuntamentos de pessoas, nas praias e paredões. A polícia marítima promete actuar, sempre que estas situações se verifiquem.
A autarquia de Cascais encerrou esta quarta-feira, por tempo indeterminado, o paredão, segundo avançou fonte da autarquia à Lusa. O encerramento começa na vila e estende-se até à praia da Poça, em S. João do Estoril.
No entanto, as pessoas não podem ser impedidas de circular, apenas de se juntarem em grupos. À Renascença o porta voz da Marinha esclarece que não há qualquer indicação para impedir os acessos. “As praias não estão interditas, mas não está autorizado qualquer tipo de evento, seja cultural, lúdico ou desportivo”, lembra o porta voz da Marinha. “As pessoas devem evitar andarem juntas e guardarem um espaçamento de pelo menos dois metros”.
O porta voz da Marinha garante que “a Polícia Marítima está constantemente atenta e vai actuar, caso os ajuntamentos se verifiquem”.
Na sua conta de Facebook, o presidente da Câmara de Cascais publicou algumas fotografias que mostram o acesso fechado, junto à zona das praias. Numa das fotos lê-se "o acesso e circulação no passeio marítimo encontra-se interdito".