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Coronavírus. ​Número de mortos ultrapassa os 6.000 em Itália

23 mar, 2020 - 17:36 • Redação, com Lusa

Itália é o país com mais casos mortais da Covid-19 em todo o mundo, registado quase o dobro de vítimas da China.

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Um total de 602 pessoas morreram nas últimas 24 horas em Itália devido à pandemia de coronavírus, anunciaram esta segunda-feira as autoridades italianas.

O número total de vítimas mortais ascende agora a 6.078 desde que a doença Covid-19 foi detetada em Itália.

Itália é o país com mais mortos provocados pelo novo coronavírus, seguindo da China que contabiliza desde o início do surto, e até ao momento, 3.270 mortes. A Espanha, o segundo país onde a situação é mais preocupante na Europa, já somou 2.182 mortes por causa do vírus pandémico.

Itália admite recurso à geolocalização

O diretor do Instituto Superior de Saúde (ISS), principal órgão público de aconselhamento científico em Itália, usou esta segunda-feira o exemplo sul-coreano de recurso à geolocalização como maneira de combater a pandemia da covid-19, rastreando o movimento das pessoas infetadas.

"Estamos em guerra e devemos responder com todas as armas que temos", afirmou o diretor da ISS, Gianni Rezza, em entrevista ao jornal italiano “La Stampa”.

Segundo o próprio, os sul-coreanos adotaram "uma estratégia eficaz que reduziu o crescimento da curva epidémica".

"Realizaram testes rápidos, numerosos, mas direcionados, usando o mapa de movimentos de cada pessoa com resultado positivo, obtido graças à geolocalização dos telemóveis. Conseguiram identificar e isolar os sujeitos em risco, criaram aplicações que permitiam aos cidadãos conhecer áreas de maior trânsito de pessoas contagiosas, de maneira a evitá-las", explicou.

A Coreia do Sul está a realizar uma campanha de triagem em massa. Parentes de todas as pessoas infetadas são sistematicamente procurados, a fim de lhes ser proposto um teste de despistagem.

Para o chefe do instituto italiano de pesquisa, controlo e consulta técnico-científica em saúde pública, existem atualmente em Itália "centenas de milhares de pessoas em quarentena por serem positivas, ou em risco de o serem".

No entanto, não são capazes de se manter a uma distância segura dos seus entes queridos, porque, em teoria, deveriam dormir num quarto separado, comer sozinhos e ter a sua própria casa de banho.

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