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“O relativismo e o efémero estão a ganhar terreno”, alerta o Patriarca de Lisboa

18 mai, 2024 - 20:03 • Sandra Afonso

O Parque Urbano de Miraflores encheu-se este sábado de famílias, várias gerações juntas para celebrar a “Festa da Família”, com Dom Rui Valério.

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Oração, Workshops, testemunhos, brincadeiras para os mais novos, uma procissão e uma missa campal de encerramento marcaram a tarde de centenas de católicos que estiveram presentes na “Festa da Família”, em Oeiras, este sábado.

O palco foi montado no Parque Urbano de Miraflores, onde 180 casais receberam o respetivo diploma que celebra vários anos de matrimónio. O leque de idades foi variado, ia dos 10 anos de casamento aos 25, 50 e 60 anos. Nem todos conseguiram estar presentes, ao todo, a diocese de Lisboa entregou 300 diplomas, sobretudo a casais com 25 e 50 anos de casamento.

Celebrar nos dias de hoje o casamento tem sobretudo uma importância espiritual, avançou à RR o Patriarca de Lisboa, porque “radica muito na certeza de que o casal não percorre este caminho do matrimónio, que é o caminho do amor, sozinho, mas tem a assistência de Deus, Deus que não cessa de derramar o seu amor nos corações de cada um”, explica Dom Rui Valério.

Mas, o casamento e a família hoje “reveste-se também de um significado civilizacional”, sublinha o Patriarca de Lisboa. “Estamos a viver, verdadeiramente, momentos em que a cultura do relativismo e do efémero está cada vez mais a ganhar terreno. A família, de certa forma, quer restituir ao ser humano, além da sua dignidade de pessoa, mas quer-lhe restituir também a família enquanto tal, o valor do absoluto, o valor daquilo que é perene e que numa linguagem talvez mais teológica, daquilo que é eterno”, diz.

Dom Rui Valério destaca ainda que falar de família é falar de amor e “crise de família é crise de amor e quando há crise de amor, há crise de humanidade e de civilização”, conclui.

Aos casais que hoje vivem momentos mais difíceis, o Patricarca de Lisboa lembra que “não há ressurreição sem sacrifício. Não há ressurreição sem Cruz. Por isso, toda a dificuldade, toda a exigência, quem sabe todo o sofrimento que se encontra no caminho do casamento, no caminho do namoro, no caminho do amor, toda essa dificuldade e exigência pertence à essência do próprio mistério da vida”.

Dom Rui Valério deixa ainda a todos os casais, em particular os que atravessam dificuldades, a certeza da sua oração.

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