23 mar, 2020 - 19:55 • Lusa
O Benfica discorda do chumbo da OPA parcial lançada sobre a sua SAD, devido às condições de financiamento, e deverá recorrer da decisão, disse à Lusa fonte oficial dos encarnados.
"Há diferentes interpretações sobre o método de financiamento da OPA", revelou à agência Lusa fonte do Benfica, avançando que o departamento jurídico dos encarnados tem opinião diferente daquele que lhe foi apresentado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e que está preparado para a defender.
Por seu turno, fonte oficial do supervisor escusou-se a comentar à Lusa o processo, remetendo para o comunicado que lançou esta manhã, no qual suspendeu a negociação das ações da SAD encarnada.
A oferta, ao preço de cinco euros por ação, que incide sobre 28% do capital da SAD e foi lançada em 18 de novembro, implica um investimento na ordem dos 32 milhões de euros e, caso seja bem sucedida, pode reforçar a posição da Benfica SGPS para até 95% do capital da entidade que está cotada na bolsa de Lisboa.
O capital da Benfica SAD é composto por 23 milhões de ações, sendo 9,2 milhões de categoria A e 13,8 milhões de categoria B, e é sobre estas últimas que a OPA incide.
De acordo com o anúncio preliminar enviado ao mercado, a SLB SGPS detém 9,2 milhões ações de categoria A, correspondentes a 40% do capital social da SAD do Benfica, sendo ainda titular de 5,4 milhões de ações da categoria B, representativas de 23,6496% do capital da sociedade.