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​Morreu o ator Max von Sydow, discípulo de Ingmar Bergman

10 mar, 2020 - 01:36 • Redação

Ator sueco tinha 90 anos. Jogou xadrez com a morte no filme “O Sétimo Selo”, enfrentou demónios em "O Exorcista" e brilhou na "Guerra das Estrelas" e na série "Guerra dos Tronos".

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Max von Sydow, conhecido ator sueco que protagonizou vários filmes do realizador Ingmar Bergman, morreu em França, aos 90 anos, foi anunciado esta segunda-feira.

A notícia da morte de Max von Sydow foi avançada pela mulher e produtora Catherine Brelet, em declarações à revista “Paris Match”.

“É com o coração partido e infinita tristeza que temos a extrema dor de anunciar a partida de Max von Sydow, no dia 8 de março [domingo]”, disse Catherine Brelet.

Com uma longa carreira que começou no final da década de 50 do século passado, Max von Sydow foi um dos rostos do cinema sueco de vanguarda do realizador Ingmar Bergman.

Numa das suas cenas mais icónicas, vestiu a pele do cavaleiro Antonius Block e jogou xadrez com a morte no filme “O Sétimo Selo”, de 1957.

A parceria Max von Sydow - Ingmar Bergman prosseguiu nos anos seguintes com “Morangos Silvestres”, “Em Busca da Verdade”, “Luz de Inverno” e “A Vergonha”.

Numa entrevista em 2012, o ator disse que Bergman foi como um professor, que lhe ensinou tudo da disciplina à Filosofia. “Ele era meu professor, meu amigo e realizador em não sei quantas produções”, afirmou Max von Sydow à revista francesa “Telerama”.

A fama do ator não se ficou pelo cinema escandinavo. Emprestou o seu rosto de feições marcantes e a voz grave a sucessos de Hollywood, como “O Exorcista” (1973) ou no episódio VII da saga “Guerra das Estrelas – O Despertar da Força” (2015).

Mais recentemente foi “O Corvo de três olhos” na sexta temporada da série “Guerra dos Tronos”.

Max von Sydow contracenou em mais de 120 filmes, numa dezena de países, além de inúmeras peças de teatro e dramas radiofónicos. Em 2002, obteve a cidadania francesa.

“Ele controla os seus demónios com o mais elevado grau de disciplina, nunca permitindo que eles se libertem na sua vida privada, apenas os libertando em palco”, disse o mestre Ingmar Bergman sobre Von Sydow.

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