19 ago, 2015 - 23:06
A administração do Porto de Lisboa recebeu cinco propostas de consórcios internacionais ao concurso para a realização do estudo prévio de impacte ambiental do terminal de contentores do Barreiro.
O prazo terminou esta terça-feira e as propostas de consórcios de empresas de engenharia e de ambiente, com especialistas nacionais e europeus, vão ser avaliadas por um júri que integra o Porto de Lisboa, entidades e personalidades de reconhecido mérito, entre as quais o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
A decisão sobre o vencedor do concurso será anunciada em Setembro.
O conjunto de estudos para a localização do novo terminal de contentores do Porto de Lisboa deverá custar cerca de 6,6 milhões de euros, metade dos quais suportados pelos fundos comunitários.
E embora a autarquia barreirense dê a obra como certa, a presidente do Porto de Lisboa, Marina Ferreira, já disse várias vezes que a construção do Terminal só avança se houver interesse de privados porque não supõe investimento público.
Entretanto, pelo menos seis candidatos já mostraram interesse em entrar na corrida. Um deles é o grupo chinês Fosun que já detém em Portugal a maioria do capital da seguradora Fidelidade e concorreu à compra do Novo Banco.
Também o grupo filipino ICTSI, considerado um dos cinco maiores grupos mundiais na gestão de terminais portuários de contentores, está interessado no Barreiro o que lhe daria acesso à esfera de influência do Atlântico e Mediterrâneo onde ainda não gere nenhum porto.
Entre os candidatos europeus contam-se a dinamarquesa Maersk, o maior armador mundial, e a francesa CMA-CGM.
A lista integra ainda o grupo nacional, a ETE – Empresa de Tráfego e Estiva, segundo maior operador de terminais portuários do país.
No entanto, outros grupos, nomeadamente norte-americanos, também têm mostrado interesse na construção e exploração do terminal de contentores no Barreiro.
Segundo um estudo elaborado pela Administração do Porto de Lisboa, a construção do terminal no Barreiro custa menos 74 milhões de euros relativamente à opção inicial da Trafaria. Ou seja, deve rondar os 580 milhões de euros.