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"Banhos a seco" para estudar o corpo humano? A Agência Espacial Europeia procura participantes

19 fev, 2020 - 07:49 • Sofia Freitas Moreira com Redação

A experiência tem a duração de cinco dias e, para já, destina-se apenas a mulheres.

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A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa) está a estudar os efeitos da ausência de peso no corpo humano. Para já, procura 20 mulheres para um “banho de imersão a seco”, que coloca menos pressão sobre o corpo dos participantes.

Este banho faz com que os participantes flutuem e, durante cinco dias, sejam sujeitos a testes, exames e análises. Apesar do longo historial de estudos baseados no repouso contínuo, esta é a primeira vez que a ESA utiliza camas de “banhos de imersão secos”.

Não se sabe quanto dinheiro a agência está a oferecer em troca, mas há trabalhos piores do que este. Apesar disso, há pessoas que podem reagir mal e ter de passar vários dias na cama depois da experiência.

Estas experiências de repouso visam encontrar respostas para os efeitos secundários da permanência no espaço durante longos períodos de tempo. Os “banhos de imersão” imitam a flutuação que os astronautas teriam na Estação Espacial Internacional.

“Decidimos iniciar o nosso primeiro protocolo de “imersão seca” com voluntários apenas do sexo feminino, tendo em conta que a nossa base de dados sobre mulheres é quase inexistente”, explica a chefe da equipa, Jennifer Ngo-Anh.

A ausência de gravidade faz com que os corpos dos astronautas percam massa muscular e densidade óssea, os olhos também ficam afetados e fluídos deslocam-se até ao cérebro.

A ESA já realizou vários estudos do género em Toulouse, França, e em Colónia, na Alemanha. Agora estão a expandir-se para o Instituto Jozef Stefan em Planica, na Eslovénia, para uma nova ronda de estudos com a duração de 60 dias: um em Toulouse e outro em Planica.

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