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​Venezuela. Paulo Rangel exige intervenção da UE na suspensão de voos da TAP

19 fev, 2020 - 22:35 • Lusa

O eurodeputado considera "inaceitável" que o Alto Representante "não se tenha ainda pronunciado" em relação à suspensão de voos da TAP para Caracas.

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O eurodeputado do PSD Paulo Rangel exige a intervenção do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, face à suspensão de voos da TAP na Venezuela decretada pelo Governo de Caracas na segunda-feira.

De acordo com um comunicado enviado às redações, o eurodeputado social-democrata considera "inaceitável" que o Alto Representante "não se tenha ainda pronunciado" em relação à suspensão de voos da TAP para Caracas, capital venezuelana.

O Governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira a suspensão por 90 dias das operações no país da companhia aérea portuguesa "por razões de segurança", depois de acusações de transporte de explosivos num voo oriundo de Lisboa.

Paulo Rangel considerou que "não pode admitir-se que a UE não tome uma posição oficial" sobre o assunto, lamentando também que o Governo português, liderado pelo socialista António Costa, não tenha "solicitado apoio" a Bruxelas para resolver esta questão diplomática.

"A passividade do Alto Representante é tanto mais grave quando se temem retaliações do regime de Maduro sobre os portugueses e os lusodescendentes residentes naquele país", sublinha a nota divulgada hoje.

Por essa razão, o eurodeputado social-democrata exige que a União Europeia (UE) adote "uma posição oficial de condenação" através de Josep Borrell.

Segundo o comunicado divulgado, a representante do Serviço Europeu de Ação Externa, Véronica Lorenzo, respondeu que a exigência será comunicada ao Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros. Contudo, os eurodeputados do PSD vão dirigir uma pergunta escrita, na quinta-feira, a Josep Borrell para "esclarecer qual a sua posição".

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, considerou, na terça-feira, que a decisão das autoridades de Caracas era "inamistosa" e "injustificada".

No mesmo dia, o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, repudiou a suspensão por 90 dias dos voos da TAP para a Venezuela, considerando-a injusta, inaceitável e incompreensível.

A companhia aérea portuguesa TAP reagiu à sanção imposta por pelo executivo de Maduro, referindo que "não compreende" a suspensão de voos que lhe foi aplicada, garantindo que esta é uma "medida gravosa", que prejudica os passageiros.

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