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Encerradas 17 esquadras em Lisboa e no Porto em dois anos

18 mar, 2016 - 07:44

Reorganização pensada pelo antigo ministro Miguel Macedo tem como objectivo dar "mais visibilidade às forças de segurança", "maior proximidade" e retirar elementos policiais das actividades administrativas.

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) encerrou dez esquadras em Lisboa e sete no Porto, ao longo dos últimos dois anos, no âmbito do processo de racionalização ainda em curso, segundo a direcção nacional da força de segurança.

No Comando Metropolitano de Lisboa foram encerradas esquadras em locais como a rua Gomes Freire, Rossio, Boavista, Belavista, Santa Marta, Mouraria, Alto do Lumiar, Santa Apolónia, Chelas (Zona J) e Quinta da Cabrinha (Alcântara).

A esquadra da Quinta da Cabrinha é agora a sede das equipas de intervenção e fiscalização policial, a de Chelas (zona J) mantém-se aberta como posto de atendimento permanente, enquanto a esquadra de Santa Apolónia funciona como posto de atendimento ao turismo.

A Divisão de Trânsito foi deslocada para a esquadra do Alto do Lumiar, a qual também funciona como esquadra de atendimento permanente.

A proposta de reorganização, elaborada pelo Governo e pela PSP e aprovada em reunião de Câmara de Lisboa, em Maio de 2014, previa o encerramento de 14 esquadras: Rossio, Mouraria, Santa Marta, Rato, Arroios, Zona I (Chelas), Chelas (Zona J), Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz, Carnide, Calvário, Quinta do Cabrinha, Campolide e Serafina.

Nove destas esquadras mantêm-se actualmente em funcionamento: Rato, Arroios, Calvário, Zona I (Chelas), Campolide, Serafina, Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz e Carnide.

Além de cinco esquadras da lista inicial fecharem portas - Rossio, Mouraria, Santa Marta, Chelas (zona J) e Quinta da Cabrinha -, as outras cinco que foram encerradas não constavam da proposta: rua Gomes Freire, Boavista, Belavista, Alto do Lumiar e Santa Apolónia.

O plano contemplava ainda a abertura de outras seis esquadras em Lisboa: na Baixa Pombalina, no Palácio da Folgosa, na estação do Metropolitano do Marquês de Pombal, em Campolide, no Lispólis (Lumiar) e em Alcântara. Contudo, única aberta foi a do Palácio da Folgosa, na rua da Palma.

Uma reorganização com fechos graduais

Quanto ao Comando Metropolitano do Porto, nos últimos dois anos encerraram sete esquadras: praça Coronel Pacheco, rua da Boavista, Carvalhido, São João de Deus, Leça da Palmeira, Areosa e Lagarteiro, esta transformada em posto de atendimento permanente.

Os postos de informação de polícia em Guifões, Leça do Balio e Vilar do Andorinho também já se encontram fechados ao público.

A proposta de reorganização do Porto previa o encerramento das sete esquadras de atendimento e destes três postos de informação de polícia, assim como a transferência da sede da Divisão de Investigação Criminal do Porto, o que ainda não se verificou.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a direcção nacional da PSP diz que o encerramento de esquadras e de postos de atendimento, em Lisboa e no Porto, "foi gradual, num período que se estendeu pelos últimos dois anos", sublinhando que este processo continua em aberto.

"Considerando que ambos os processos de racionalização não estão fechados, e porque existe um diálogo próximo com o ministério sobre estas matérias, nesta fase, não nos é possível tecer quaisquer comentários ou antecipar perspectivas sobre a evolução deste dossiê", explica.

De acordo com o antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo (titular da pasta quando o plano foi definido), o objectivo desta reorganização visava dar "mais visibilidade às forças de segurança", "maior proximidade e maior intensidade de patrulhamento" e "menos elementos policiais dedicados a actividades de logística e administrativa".

Questionado pela Lusa, o gabinete da actual ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, respondeu que "não se pronuncia nesta altura sobre essa matéria".

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