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PSD arranca segunda-feira com comemorações dos 50 anos do partido que se estenderão por um ano

05 mai, 2024 - 17:43 • Lusa

Dentro de cerca de um ano, está previsto "um grande evento" a fechar as comemorações, à semelhança do que foi feito quando se assinalaram os 40 anos do PSD.

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O PSD arranca na segunda-feira com as comemorações do 50.º aniversário do partido, que se estenderão ao longo de um ano e vão incluir uma exposição, conferências, uma sede nacional renovada e um grande evento final.

O então Partido Popular Democrático (PPD) foi fundado em 06 de maio de 1974, tendo sido registado no Supremo Tribunal de Justiça em 25 de janeiro de 1975.

A designação e sigla foram alteradas para Partido Social Democrata (PPD-PSD) em 03 de outubro de 1976.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, explicou que a celebração começará na segunda-feira, dia em que se assinalam precisamente os 50 anos da fundação por Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, com um jantar organizado pela Comissão Política Nacional, na Estufa Fria, em Lisboa, com a participação do presidente do PSD, Luís Montenegro.

"O jantar reunirá os atuais dirigentes do partido de todo o país, aos mais diversos níveis, um convite que foi estendido a todos os funcionários do partido", afirmou Hugo Soares.

Dentro de cerca de um ano, está previsto "um grande evento" a fechar as comemorações, à semelhança do que foi feito quando se assinalaram os 40 anos do PSD.

"Mas não queremos que as comemorações se esgotem nestes dois eventos, queremos antes uma celebração durante todo o ano e, para tal, teremos um conjunto de iniciativas de abertura do PSD à sociedade civil", referiu o secretário-geral do partido.

O programa incluirá uma exposição itinerante que passará pelas sedes do PSD em todo o país, aberta a militantes e cidadãos, um ciclo de conferências ou uma homenagem aos militantes que completem 50 anos no partido (com um "pin" de ouro) ou 25 anos ("pin" de prata).

Será enviado a todos os militantes um postal comemorativo e lançado um selo alusivo dos CTT, bem como uma edição especial do Povo Livre em papel - o jornal oficial do PSD, que atualmente só tem edição online -- e uma linha de "merchandising" também com este tema.

"Temos evidentemente incluído no programa dos 50 anos objetivos que visam preparar o PSD para os próximos 50, como as grandes obras de renovação da sede nacional do PSD e como já fizemos com a modernização dos estatutos", acrescentou Hugo Soares.

As obras na sede nacional, situada na Lapa, em Lisboa, deverão estar concluídas antes de terminar o ano das comemorações e o edifício passará a contar com uma mediateca.

"No fundo, queremos que esta celebração dos 50 anos do PSD permita que, durante um ano, haja um grande envolvimento quer das estruturas, quer de muitos simpatizantes", referiu.

O programa inclui também o lançamento de um livro sobre os 50 anos do partido, um documentário e um "podcast" sobre a história do PSD nas últimas cinco décadas, uma sede virtual no metaverso e a criação de uma área para simpatizantes na aplicação do partido para telemóveis.

Até 06 de maio de 2025, o PSD prevê ainda realizar uma sessão final do "Sentir Portugal", com o lançamento de um livro sobre a iniciativa anunciada pelo presidente do PSD no Congresso de julho de 2022, e que o levou a percorrer todos os concelhos do país ao longo de ano e meio.

No site oficial do partido, a cronologia do PSD arranca ainda antes da sua fundação, com o nascimento da "Ala Liberal" durante o Estado Novo, quando, em 1969, um grupo de deputados -- entre os quais Francisco Sá Carneiro e Francisco Pinto Balsemão - aceitaram integrar as listas da União Nacional com o objetivo de democratizar o regime por dentro, sem sucesso.

Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota apresentam a 06 de maio os estatutos do PPD, como "um partido de centro-esquerda, de cariz social-democrata, com base nos princípios da Liberdade, Igualdade e Solidariedade".

Desde então, o partido já teve 19 presidentes, entre os quais Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho ou Rui Rio, até chegar a Luís Montenegro, que foi eleito em sufrágio direto pelos militantes a 28 de maio de 2022.

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