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Fernando Medina-João Taborda da Gama
O presidente da Câmara de Lisboa e um professor universitário (especialista em direito fiscal) a viver na capital olham para os principais temas da atualidade.
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Fernando Medina e João Taborda da Gama - Bebés em Portugal e distúrbios no futebol - 11/02/2020

Taborda da Gama

Do “pagar para ter sexo” à “testosterona das claques”

11 fev, 2020 • Marta Grosso , Miguel Coelho (moderação)


João Taborda da Gama e Fernando Medina analisam a correção do número de nascimentos em Portugal e o último episódio de agressões a dirigentes do Sporting.

“Não é um cheque de 500 euros” ou “pagar às pessoas para terem filhos” que irá resolver o problema da natalidade em Portugal, defende João Taborda da Gama.

“Não acredito em medidas daquelas mais óbvias. Aliás, pagar para ter sexo parece-me uma coisa sempre condenável”, resume o comentador das terças e quintas-feiras, nas Três da Manhã.

João Taborda da Gama reage assim à correção feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo a qual nasceram menos 381 bebés em 2019 do que no ano anterior (e em 2018 já os números tinham sido corrigidos para baixo).

“Como é que não há números certos sobre as pessoas que nascem em Portugal no século XXI? Não percebo, não faz sentido absolutamente nenhum, porque as pessoas registam os filhos quando nascem. Ao dia, devíamos saber quantos bebés tinham nascido”, defende João Taborda da Gama.

Fernando Medina aborda a questão por outra via e diz que “o caminho a fazer” é o “que os países nórdicos fizeram com algum sucesso: a melhoria dos equipamentos de apoio à família e a melhoria das condições para as famílias terem filhos”.

O presidente da Câmara de Lisboa considera ainda que “esta diminuição da natalidade tem uma outra dimensão que no nosso país ainda se faz sentir e que reflete um lado positivo da sociedade portuguesa: o facto de a taxa de emprego das mulheres ser elevada”.

Os dois comentadores foram ainda chamados a analisar mais uma denúncia de agressão a dirigentes do Sporting por alegados membros de uma claque.

Fernando Medina defende que as pessoas que instam a violência e comentem “estes atos” pertencem a “um conjunto muito reduzido” que não pode ser confundido com o conjunto dos adeptos do futebol.

O melhor defende, é identificar e “isolar quem comete estes atos de quem não os pratica”.

João Taborda da Gama tem outro ponto de vista: “esta pulsão de adeptos mais violentos é natural ao futebol. E vai sempre acontecer”.

“Acharmos que podemos ter o futebol e olhar para o futebol como a Filarmónica de Viena não me parece ser minimamente correspondente ao que é o fenómeno do futebol”, sublinha.

Na opinião deste comentador, “vai sempre haver claques” e “as claques têm um conjunto de testosterona muito grande que deriva sempre neste tipo de situações” de maior violência.

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