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​Passos Coelho pede aliança à direita para fazer as reformas de que o país precisa

26 jan, 2020 - 19:22 • Lusa

Antigo líder do PSD apela à união no PSD. " Se andarem em desavenças é mais difícil chegar a algum lado", afirma.

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O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD Pedro Passos Coelho dirige um "voto público" ao PSD e ao CDS de "afirmação" e "união" para que os dois partidos possam fazer as "ações reformistas importantes" que o país precisa.

"Isso está perfeitamente ao nosso alcance e o país precisa disso, e nós precisamos disso. É o voto que aqui quero deixar. Que o exemplo da Barca possa ser inspirador para os nossos partidos, e em particular para o meu, que é o PSD", afirmou Passos Coelho.

O ex-governante, que falava durante a tomada de posse dos novos órgãos da concelhia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, terminou um discurso de quase 40 minutos, formulando um voto público aos dois partidos, em particular, ao seu.

"Que possa encontrar o seu caminho, certamente de afirmação e de união, porque as pessoas têm de se saber unir. Se andarem em desavenças é mais difícil chegar a algum lado. Não estou a dizer que é impossível, mas é mais difícil", referiu.

Passos Coelho lembrou que os dois partidos fecharam "ciclos políticos" e que novos se abriram.

"No PSD houve eleições há pouco tempo e haverá um congresso daqui a 15 dias para coroar essa eleição. O CDS fez hoje o seu congresso. Podemos dizer que aqueles que estiveram, no Governo, juntos no passado com essas responsabilidades fecharam um ciclo, em definitivo, e abriram outro. Ainda para mais com pessoas e dirigentes que não tiveram nada a ver nem com esse Governo, nem com outros passados, destes partido", especificou.

Passos Coelho apelou para que "as pessoas se unam, a pensar no serviço que podem prestar aos outros".

"Se puserem um bocadinho de lado as questões que foram acumulando, às tantas se elas não forem muitos importantes e, muitas vezes não são muitos importantes, as pessoas tendem a esquecê-las e tendem a unir-se em torno de coisas mais positivas", alertou.

Na intervenção, que contou com a presença dos deputados Eduardo Teixeira e Emília Cerqueira, do ex-deputado Carlos Abreu Amorim, dos presidentes da Câmara de Ponte da Barca, da concelhia e distrital do partido, Passos apelou ao "respeito e elevação".

"Temos de saber acomodar as nossas divergências e saber comportar-nos à altura daqueles que estão a ouvir, que não estão nada interessados em saber das nossas zangas. Isso não interessa para nada. As nossas zangas são connosco. Não temos de maçar as pessoas com elas, a não ser que sejam coisas importantes. Se são importantes vamos lá a debater. Uma vez que estão arrumadas, estão arrumadas. Andamos para a frente. Não podemos andar sempre a bater na mesma tecla, senão não saímos do sítio".

Convidado pelo PSD de Ponte da Barca para a tomada de posse da comissão política concelhia, Passos Coelho afirmou que a "união" daqueles dois partidos é "indispensável" perante a ausência, no presente, de "qualquer ação reformista importante" que possa "prevenir problemas maiores no futuro".

"Não se vislumbra nenhum programa económico em que alguma reforma se esteja a fazer na dimensão da produtividade e competitividade da economia", referiu, apontando o envelhecimento, a sustentabilidade dos apoios sociais e a saúde, "que está a rebentar pelas costuras", como os principais problemas do país, a par do "descrédito da ação governativa".

"Era indispensável que se começasse a intensificar esta forma de abordar os problemas. Quem está hoje no Governo prima pela ausência de um quadro reformista para um futuro melhor", reforçou.

No final da intervenção e questionado pelos jornalistas, Passos Coelho escusou-se a prestar mais declarações.

"Isto hoje foi uma exceção", disse.

Comentários
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  • Cidadao
    27 jan, 2020 Lisboa 18:33
    Não seja piegas. Saia da sua zona de conforto. Encare o desemprego como uma oportunidade. Emigre. Estes eram alguns dos conselhos que dava, quando graças ao seu "ímpeto reformista", faliram dezenas de milhares de empresas, caíram no desemprego centenas de milhares de pessoas, houve cortes sobre cortes em salários e pensões, houve um aumento brutal em contribuições a par da criação de novos e pesados impostos, alguns dos quais impostos sobre impostos, privatizações ao preço da chuva onde nunca se percebeu bem para onde foi o dinheiro - o "socas" deixou uma dívida de 98% do Pib, você deixou 127% - Fecho indiscriminado de Serviços Públicos acompanhado da abertura de Privados a fazer por bom dinheiro o que esses serviços faziam... E já falei no congelamento de carreiras e no roubo dos subsídios de Natal e férias - subsídios, por questão de linguagem: são retirados ao salário mensal para vir todo o dinheiro na mesma altura. Estas foram algumas das "Sabias" medidas reformistas da sua Ditadura de 4,5 anos. Acha que estamos interessados em mais "reformas" deste tipo?
  • José Joaquim C Pinto
    27 jan, 2020 ILHAVO 06:56
    Faltava ainda aparecer o chefe máximo da TRALHA Pseudo-Social-Democrata. Quase nos esquecíamos (não fora o muito recente "pio" dos seus representantes subalternos), mas foi bom aparecer, para não adormecermos na forma! Mas, agora, já pode de novo emigrar.

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