23 jan, 2020 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Uma caneta é muito mais poderosa do que um teclado. E nem fazemos ideia do que andamos a perder quando substituímos uma caneta para escrever à mão por 105 teclas, seja num computador, seja num “tablet” ou num telemóvel.
Quase se deixa de escrever à mão e de treinar a caligrafia, fica perdida a beleza das letras que se ensinam nos bancos da escola primária.
Mas há salas de aula que já substituíram os cadernos desgastados e as canetas mastigadas por conteúdos digitais, um assunto despertou o interesse de uma equipa de neuropsicólogos da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Trondheim, na Noruega.
Estes especialistas passaram anos a estudar para perceber as diferenças entre o uso da caneta e do teclado na aprendizagem.
Para isso, ligaram 250 sensores às cabeças de 20 alunos de mestrado, com idades entre os 21 e os 25 anos, com o objetivo de perceber as diferenças de frequência cerebral entre quem escreve à mão e quem escreve ao computador.
As anotações feitas à mão expandem a utilização do cérebro, o que permite aumentar a capacidade mental para reter e processar informação, ao contrário do que acontece ao teclado.
O Dia da Escrita à Mão celebra esta invenção com mais de 3.500 anos para nos lembrar que cada qual tem a sua própria forma de escrever.
Através da escrita à mão é possível verificar a autenticidade dos documentos, o estado das nossas relações pessoais, se somos saudáveis ou se estamos doentes.