22 jan, 2020 - 12:54 • Redação com agências
Terry Jones, uma das estrelas do grupo de comédia Monty Python, morreu nesta terça-feira, aos 77 anos, fruto de demência prolongada, anunciou a família do ator galês.
Em comunicado, a família afirma estar “profundamente triste por ter de anunciar o falecimento do querido marido e pai”, mas tranquila por todos terem acompanhado o ator nesta fase, em especial a sua mulher, Anna Soderstrom, "sempre presente nesta longa e exigente, mas sempre bem-humorada, batalha contra um tipo de demência raro”.
Em 2015, Jones foi diagnosticado com demência frontotemporal, e após um período afastado dos holofotes, assumiu o papel de "embaixador" da doença.
“A comédia é uma forma de protesto, é uma forma de(...)
Em 2016, o comediante marcou presença na cerimónia dos prémios "Bafta" para expor os efeitos da patologia e, meses depois, deu uma entrevista com a ajuda de Michael Palin, companheiro em Monty Python, onde abordou a sua situação de saúde.
Apesar dos Monty Python terem sido o projeto mais conhecido do ator, Terry Jones realizou também o filme "A Vida de Brian" e a série "Ripping Yarns", em conjunto com Palin. Para além de outras séries e documentários, Jones escreveu mais de 20 livros infantis e várias crónicas para jornais ingleses.
Terry Jones esteve em Portugal, em 2007, para ensaiar uma criação própria intitulada "Evil Machines" – em português, "Máquinas Más" – que esteve em cena no Teatro São Luiz.
Na altura, revelou ter ficado "muito surpreendido" ao perceber que os Monty Phyton continuavam a ser falados no país, cerca de 40 anos depois do grupo se ter tornado famoso. "Nunca pensámos que continuassem a falar deles".