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​Macron exaltado em Israel expulsa polícias de igreja

22 jan, 2020 - 22:10 • Redação com Reuters

"Saiam daqui. “Toda a gente conhece as regras", atirou o Presidente francês para um grupo de polícias israelitas na Igreja de Santa Ana, que está sob administração gaulesa desde 1856.

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A visita do Presidente francês a Israel ficou esta quarta-feira marcada por um incidente. Emmanuel Macron exaltou-se com as forças de segurança e exigiu que abandonassem uma igreja gaulesa, em Jerusalém.

Num inglês com perfeito sotaque francês, Emmanuel Macron disse alto e bom som para os polícias: “saiam daqui”.

Em causa está um diferendo antigo sobre a Igreja de Santa Ana, situada na cidade velha de Jerusalém. O templo já esteve no epicentro de um incidente idêntico com Jacques Chirac, em 1996. O então Presidente francês chegou mesmo a ameaçar deixar imediatamente Israel se as forças de segurança não saíssem da igreja.

A Igreja de Santa Ana foi entregue pelos otomanos ao imperador francês Napoleão III, em 1856, em compensação pela ajuda na guerra da Crimeia.

O templo está a cargo da Sociedade dos Missionários de África e, ainda hoje, a eucaristia é celebrada em francês.

A França considera que a presença da polícia israelita na Igreja de Santa Ana é uma provocação e, esta quarta-feira, Emmanuel Macron exaltou-se.

“Toda a gente conhece as regras. Eu não gostei daquilo que vocês fizeram à minha frente. Saiam daqui”, afirmou o Presidente francês, rodeado por seguranças e outros elementos que acompanhavam a visita.

Depois baixou o tom de voz e pediu aos polícias que fossem para a rua. “Desculpem, vocês conhecem as regras. Ninguém tem de provocar ninguém”, apelou.

Em declarações aos jornalistas, Macron disse mais tarde que o incidente ficou resolvido com o um aperto de mão com os elementos da segurança israelita.

Macron está em Israel para participar no 5.º Fórum Mundial do Holocausto.

Sob o lema "Lembrando o Holocausto, combatendo o antissemitismo", o fórum vai realizar-se na quinta-feira, no Yad Vashem, em Jerusalém, o instituto para o estudo e a preservação da memória das cerca de seis milhões de vítimas do genocídio nazi e das numerosas comunidades judaicas destruídas durante esse período na Europa.

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