Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Penas suspensas para quatro envolvidos em agressões num hospital do Porto

20 jan, 2020 - 15:08 • Lusa

A alegada demora no atendimento de uma das pessoas do grupo motivou a conduta dos arguidos que, em audiência para produção de prova, confessaram os factos, alegaram ter agido sob influência do álcool, após a sua participação numa festa familiar, e pediram desculpa pela sua conduta.

A+ / A-

O Juízo Central Criminal do Porto aplicou penas suspensas a quatro homens que em fevereiro de 2019 protagonizaram atos violentos no hospital de São João, naquela cidade, atacando um enfermeiro, um assistente hospitalar, um segurança e um polícia.

A pena mais gravosa foi de três anos de prisão e a mais leve de um ano de prisão, todas suspensas sob condições.

Num dos casos, o arguido terá de se submeter a um tratamento à sua dependência alcoólica.

Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo de juízes exortou os arguidos a aproveitarem a oportunidade que o tribunal lhes deu ao suspender as penas e alertou que cumprirão prisão efetiva se desrespeitarem os planos que para eles forem traçados pelos serviços de reinserção social.

A alegada demora no atendimento de uma das pessoas do grupo motivou a conduta dos arguidos que, em audiência para produção de prova, confessaram os factos, alegaram ter agido sob influência do álcool, após a sua participação numa festa familiar, e pediram desculpa pela sua conduta.

O que fizeram, diz a acusação e confirmou o tribunal, foi agredir o enfermeiro de serviço na triagem, que esteve de baixa 28 dias, um assistente operacional e um segurança.

Já no exterior, um dos arguidos apontou o dedo a um agente da PSP, simulando uma pistola. Depois, entrou numa viatura, acelerou em direção ao polícia e só desviou a trajetória após o agente disparar para o ar.

Em alegações finais, o Ministério Público pediu condenações, sem indicar uma pena concreta.

Já a defesa pediu, face à confissão dos factos, a aplicação de penas suspensas e, no caso de um dos arguidos, a obrigatoriedade de frequentar uma ação contra o alcoolismo.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • JORGE DIAS
    20 jan, 2020 Povo de Santa Iria 21:40
    Olha, mas quem agrediu a Juíza foi logo engavetado....É esta a nossa Justiça? DUVIDAS?
  • Cidadao
    20 jan, 2020 Lisboa 17:36
    E podia poupar-se o dinheiro do julgamento, uma vez que no final, vieram para a rua sem cumprirem um dia de pena. Como de costume. O governo cria uma entidade redundante para produzir os relatórios que já se produzem, o Secretário Lacerda fala em "salas de espera limpas, com revistas, tv e "alimentos leves", e os agressores continuam a sair impunes. E se der na tola de médicos e enfermeiros, que à mínima agressão, TODOS os médicos e enfermeiros presentes nessa unidade de saúde vestem os casacos e abandonam o serviço de imediato, nesse dia, como vai ser?

Destaques V+